A progressão do conhecimento histórico na educação básica: dilemas da transição entre os níveis fundamental e médio
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2014v32n2p521Resumo
O presente estudo parte do pressuposto de que a organização do trabalho escolar, neste caso, a que diz respeito ao ensino-aprendizagem do conhecimento histórico, implica realizar articulações qualificadas entre a epistemologia da ciência de referência e o desenvolvimento das capacidades e habilidades de pensamento dos alunos. Ao considerar que na tarefa de ensinar há que reconhecer tanto a aquisição de conteúdos quanto as capacidades de pensar/aprender, o esforço para garantir a progressão racional do ensino com vistas à complexificação da aprendizagem ganha especial relevância. Na investigação foram elencadas algumas especificidades relacionadas aos processos de ensino-aprendizagem da História no ensino fundamental e médio, tanto do ponto de vista da organização curricular dos conteúdos quanto das capacidades cognitivas do sujeito que aprende, considerando a progressão da complexidade dos conteúdos, conceitos, noções e metodologias. Após revisitar a literatura pertinente e alguns documentos curriculares, a análise ancora-se em duas coleções didáticas de História, uma de cada segmento, no intuito de identificar que decisões são tomadas na organização da proposta histórica e pedagógica e analisar como é entendida/efetivada a progressão do conhecimento histórico entre elas. Os resultados preliminares apontam que são escassas as referências à progressão do conhecimento histórico nos materiais analisados, o que se traduz na dificuldade de apontar o que se almeja como avanços qualitativos para a última etapa da educação básica. De tal forma, o pouco avanço constatado nos documentos quanto aos diferentes potenciais de aprendizagem entre os dois segmentos, não é explicitamente considerado para a composição do livro didático.
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