Decolonizing Ability, Latinizing Feminist Disability Studies

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2024v32n3101138

Keywords:

Ability, feminist disability studies, decolonial feminism

Abstract

In this article, we aim to identify the contributions of decolonial feminism to feminist studies of disability, emphasizing the implications of considering ability as a colonial category, as well as the pursuit of theoretical and methodological foundations aligned with the decolonization of times, spaces, and ways of engaging with disability. To achieve this, we briefly contextualize decolonial feminism. Subsequently, we argue that ability is a colonial category. Afterward, we point to modernity as the genealogy of ableism. We conclude the text by highlighting elements that support the relevance of feminist disability studies engaging in dialogue with decolonial feminism, as well as the interconnection of these fields with the concepts of ability and disability.

Downloads

Author Biographies

Marivete Gesser, Universidade Federal de Santa Catarina

Marivete Gesser (marivete.gesser@ufsc.br; mariveteg@gmail.com) holds a PhD in psychology from the Federal University of Santa Catarina (UFSC) and conducted post-doctoral studies at the State University of New York/USA). She is an associate professor in the Department of Psychology at UFSC where she teaches and supervises undergraduate and graduate courses in the graduate psychology program (PPGP). She is a CNPq PQ-1D researcher and coordinator of the Centre for Disability Studies (NED-UFSC). She conducts research in the fields of feminist disability studies; Black, intersectional and decolonial feminisms; and Crip theory.

Marcia Moraes, Universidade Federal Fluminense

Marcia Oliveira Moraes (marciamoraes@id.uff.br holds a PhD in psychology from the Pontifical Catholic University of São Paulo (PUC-SP). She did post-doctoral studies in social psychology at the State University of Rio de Janeiro (UERJ) and at Lancaster University and in disability studies at the Centre for Disability Studies at UFSC (Federal University of Santa Catarina). She is a full professor in the Department of Psychology at the Fluminense Federal University (undergraduate and graduate). She conducts research on: disability studies; the social model of disability; the feminist perspective on the social model of disability; Crip theory; emancipatory methodologies and pesquisaCOM; and intersectionality and situated perspectives in epistemology. She coordinates the pesquisaCOM/UFF Laboratory. She has a scholarship from CNPq and Faperj as Cientista do Nosso Estado.

Gislana Maria do Socorro Monte do Vale, Universidade Federal Fluminense

Gislana Maria do Socorro Monte do Vale (gislanavale@id.uff.br; gislanavale@gmail.com) is a PhD student in psychology at the Federal Fluminense University (UFF). She has a master's in evaluation of public policy from the Federal University of Ceará (UFC) and is a collaborating researcher at the Laboratory of Bodies, Natures and Senses (LABCONATUS) at the Federal Fluminense University. She is an associate researcher in the Performing Arts and Cultural Accessibility Research Group (GPAAC) at the Federal University of Sergipe. She is a Black woman, blind, and a human rights activist.

References

ANZALDÚA, Gloria. “La prieta”. In: ANZALDÚA, Gloria. A Vulva é uma Ferida Aberta e Outros Ensaios. Tradução de Tatiana Nascimento. Rio de Janeiro: A Bolha, 2021.

ARBEX, Daniela. Holocausto brasileiro: vida, genocídio e 60 mil mortes no maior hospício do Brasil. São Paulo: Geração Editorial, 2013.

BALLESTRIN, Luciana. “América Latina e o giro decolonial”. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 11, p. 89-117, 2013. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0103-33522013000200004. Acesso em 03/02/2021.

BALLESTRIN, Luciana. “Feminismos Subalternos”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 3, p. 1035-1054, set.-dez. 2017. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2017000301035. Acesso em 20/02/2022.

COLLINS, Patricia Hill e BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2021. » http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2017000301035

CURIEL, Ochy. “Construindo metodologias feministas a partir do feminismo decolonial”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Comp.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 120-138.

CURIEL, Ochy. “Conversa com Ochy Curiel: ‘o poder deve ser trabalhado na comunidade’”. Fundação Rosa Luxemburgo. Brasil e Uruguai, 13/12/2021. Disponível em https://rosalux.org.br/conversa-com-ochy-curiel-o-poder-deve-ser-trabalhado-na-comunidade/. Acesso em 03/03/2023.

DIAS, Adriana. “Por uma genealogia do capacitismo: da eugenia estatal a narrativa capacitista social”. In: I SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS SOBRE A DEFICIÊNCIA. SEDPcD/Diversitas/USP Legal, Anais... São Paulo, 2013, p. 1-14.

DINIZ, Debora. Curso de Extensão (on-line). “Nossa conversas: feminismos”. Plataforma Instagram, mar.-jun. 2023. @debora_d_diniz.

FERRARI, Marcela Beatriz. “Feminismos descoloniales y discapacidad: hacia uma conceptualización de la colonialidad de la capacidade”. Nómadas, n. 52, p. 115-131, 2020. Disponível em https://doi.org/10.30578/nomadas.n52a7. Acesso em 03/03/2021.

GARLAND-THOMSON, Rosemarie. “Feminist Disability Studies”. Signs, v. 30, n. 2, p. 1557-1587, 2005. Disponível em https://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/423352?journalCode=signs. Acesso em 05/03/2018.

GESSER, Marivete; NUERNBERG, Adriano H.; TONELI, Maria Juracy F. “Gênero, sexualidade e vivência da deficiência em mulheres no Sul do Brasil”. Annual Review of Critical Psychology, v. 11, n. 1, p. 417-432, 2014. Disponível em https://thediscourseunit.files.wordpress.com/2016/05/24-genero.pdf. Acesso em 03/03/2019.

GESSER, Marivete; BLOCK, Pamela; MELLO, Anahi G. Estudos da Deficiência: interseccionalidade, anticapacitismo e emancipação social. In: GESSER, Marivete; BÖCK, Geisa L. K.; LOPES, Paula H. (Eds.). Estudos da Deficiência: interseccionalidade, anticapacitismo e emancipação social. CRV, 2020, pp. 17-35.

GESSER, Marivete; ZIRBEL, Ilze; LUIZ, Karla Garcia. “Cuidado na dependência complexa de pessoas com deficiência: uma questão de justiça”. Revista Estudos Feministas, v. 30, n. 2, e86995, 2022. Epub 29-Ago-2022. ISSN 0104-026X. Disponível em https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n286995. Acesso em 03/03/2021.

AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Rio de Janeiro: Casa das Américas, 1988.

GONZALEZ, Lélia. “Por um feminismo afro-latino-americano”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Comp.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 38-51.

GROSFOGUEL, Ramón. “A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI”. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 25-49, 2016. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003. Acesso em 03/03/2021.

HOLLANDA, Heloisa Buarque de. “Introdução”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Comp.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 11-34.

KITTAY, Eva Feder. “Centering justice on dependency and recovering freedom”. Hypatia, v. 30, n. 1, p. 285-291, 2015. https://doi.org/10.1111/hypa.12131

LOBO, Lilia Ferreira. Os infames da história: pobres, escravos e deficientes no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2015.

LUGONES, María. “Colonialidade e Gênero”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Comp.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.

LUGONES, María. “Rumo a um feminismo descolonial”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, 2014. Disponível emhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/3675. Acesso em 03/03/2022.

LUIZ, Karla Garcia; COSTA, Laureane Marília de Lima; ROSA, Mariana Lúcia Agnese Costa; SILVEIRA, Thaís Becker Henriques. “Narrative 6: affection and emancipation: the friendship of four disabled women”. In: ROBINSON, Sally; FISHER, Karen R. (Orgs.). Research handbook on disability policy. Cheltenham: Elgar, 2023. p. 251-255.

LUIZ, Karla Garcia. Implicações psicossociais do cuidado: uma análise a partir das experiências de mulheres com deficiência que vivenciam a dependência complexa. 2023. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Psicologia) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil.

McRUER, Robert. Teoría crip. Signos culturales de lo queer y de la discapacidad. Tradução de Javier Sáez Álamo. Madrid: Kaótica, 2021.

McRUER, Robert. “Cripping Queer Politics, or the Dangers of Neoliberalism”. A new queer agenda. Scholar & Feminist Online, 2011-2012. Disponível em https://sfonline.barnard.edu/a-new-queer-agenda/cripping-queer-politics-or-the-dangers-of-

MELLO, Anahí Guedes de. “Politizar a deficiência, aleijar o queer: algumas notas sobre a produção da hashtag #ÉCapacitismoQuando no Facebook”. In: PRATA, Nair; PESSOA, Sônia Caldas (Orgs.). Desigualdades, gêneros e comunicação. 1 ed. São Paulo: Intercom, 2019. p. 125-142.

MELLO, Anahí G.; GAVÉRIO, Marco A., VON DER WEID, Olivia, AYDOS, Valéria. (2020). [Comitê Deficiência e Acessibilidade da Associação Brasileira de Antropologia]. Contracartilha de acessibilidade: reconfigurando o corpo e a sociedade. ABA; ANPOCS; UERJ; ANIS; CONATUS; NACI.

MELLO, Anahí Guedes de; Gavério, Marco Antônio (2019). Facts of cripness to the Brazilian: dialogues with Avatar, the film. Anuário Antropológico, 44(1), 43-65.

MELLO, Anahí de. Corpos (in)capazes. Jacobin Brasil. 2ª edição, 2021.

MIGNOLO, Walter. Historias locales/disenos globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Madrid: Akal, 2003.

MIGNOLO, Walter. Desobediencia epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Argentina: Ediciones del signo, 2010.

MIGNOLO, Walter. “Colonialidade: O lado mais escuro da modernidade”. Tradução de Marco Oliveira. RBCS, v. 32, n. 94, jun. 2017. e329402.

MIÑOSO, Yuderkys Espinosa. “Fazendo uma genealogia da experiência: o método rumo a uma crítica da colonialidade da razão feminista a partir da experiência histórica na América Latina”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Comp.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 96-118.

MORAES, Marcia. “PesquisarCOM: política ontológica e deficiência visual”. In: MORAES, Marcia; KASTRUP, Virginia (Orgs.). Exercícios de ver e não ver: arte e pesquisa com pessoas com deficiência visual. Rio de Janeiro: Nau, 2010. p. 26-51.

MORAES, Marcia. “PesquisarCOM: permanências e reparações”. In: SILVEIRA, Marília; MORAES, Marcia; QUADROS, Laura Cristina de Toledo(Orgs.). PesquisarCOM: caminhos férteis para a pesquisa em Psicologia. Rio de Janeiro: Nau, 2022. p. 21-42.

PAIVA, Juliana Cavalcante Marinho. Os sentidos da participação política de pessoas com deficiência: uma análise a partir das narrativas de ativistas defiças. 2023. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Psicologia) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil.QUIJANO, Aníbal. “Colonialidad del poder y clasificación social”. Journal of world-systems research, v. 11, n. 2, p. 342-386, 2000.

PRINS, Baukje; MEIJER, Irene Costera. Como os corpos se tornam matéria: entrevista com Judith Butler. Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, p. 155-167, 2002. https://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100009

OLIVER, Mike. The Politics of Disablement. Macmillan, 1990.

QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. CLACSO, 2005. p. 107-130.

SEGATO, Rita. Gênero e colonialidade: do patriarcado comunitário de baixa intensidade ao patriarcado colonial-moderno de alta intensidade. In: SEGATO, Rita (Org.). Crítica da colonialidade em oito ensaios e uma antropologia da demanda. Tradução Danielli JATOBÁ e Danú GONTIJO. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

SILVA, Renata Prudencio da. “Uma genealogia de infames”. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 14, n. 1, p. 193-195, 2011. Disponível em https://doi.org/10.1590/S1415-47142011000100014. Acesso em 03/03/2021.

SINS INVALID. “What is disability justice? Adapted from Patty Berne’s ‘Disability justice – a work draft”. In: SINS INVALID. Skin, Tooth, and Bone: The Basis of Movement is Our People. 2 ed., 2019. Disponível em https://www.sinsinvalid.org/disability-justice-primer. Acesso em 10/08/2021.

TAYLOR, Sunaura. Beasts of Burden: Animal and Disability Liberation. New York: The New Press, 2017.

TEIXEIRA, Analba; SILVA, Ariana Mara; FIGUEIREDO, ngela. “Um diálogo decolonial na colonial cidade de Cachoeira/BA: entrevista com Ochy Curiel”. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 3, n. 4, p. 106-120, 2017. Disponível em https://doi.org/10.9771/cgd.v3i4.24674. Acesso em 03/03/2021.

TEIXEIRA, Jéssica. “#Desmontagem: Pudesse ser apenas um enigma”. Sesc Pompeia. YouTube, 28/08/2020. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=2evBcuGYJ5A&t=2714s. Acesso em 20/07/2022.

Published

2024-12-06

How to Cite

Gesser, M., Moraes, M., & Vale, G. M. do S. M. do. (2024). Decolonizing Ability, Latinizing Feminist Disability Studies. Revista Estudos Feministas, 32(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2024v32n3101138

Issue

Section

Seção Temática Estudos Feministas da Deficiência: diálogos interseccionais

Similar Articles

<< < 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.