Contraescritas feministas: educação das meninas de pedra

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n277563

Palavras-chave:

Contraescrita, Feminismos subalternos, Memória, Mulheres negras, Educação

Resumo

Neste artigo, convidamos você a pensar fora das caixas coloniais da escrita acadêmica a
partir da experiência de uma viagem de trem. Em seus vagões, estamos nós, autoras desta narrativa: duas mulheres negras e uma branca. Nosso propósito é produzir uma política de aliança entre mulheres no combate ao racismo. Embora se trate de um falatório, a protagonista desta história é a primeira autora e é em sua cabine que se desenrola esta contraescrita gestada no coração do Sul global. É por meio de seu trabalho de memória que discorremos sobre as exclusões que atravessam os corpos de meninas negras durante seus processos de escolarização. Resulta dessa lição a constatação da produção de fileiras de meninas de pedra, apartadas do ensino formal. Aqui, nosso pensamento se ancora em teorizações feministas e, a cada estação, reescrevemos a história oficial, registramos as lutas e construímos um futuro em comum.

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Biografia do Autor

Rosemary Rodrigues Oliveira, Universidade Estadual Paulista

Licenciada em Ciências Biológicas, Mestra e Doutora em Educação para a Ciência pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho câmpus de Bauru. Professora Assistente Doutora, junto ao Departamento de Economia, Administração e Educação da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - câmpus Jaboticabal (FCAV/UNESP), e do Programa Multidisciplinar Interunidades de Pós Graduação Strictu Sensu "Ensino e Processos Formativos"; (UNESP São José do Rio Preto/Ilha Solteira e Jaboticabal).  Membro do Projeto Capes "Diversidade Sexual e Direitos Humanos: Processos Formativos e Ações de Professores do Interior". É membro do Grupo de Pesquisa em Direitos Humanos, Democracia e Desigualdades (CNPq) . Atua na área de Ensino, com ênfase em sexualidade e gênero, formação de professores, ensino de ciências e biologia, prática pedagógica.

Késia dos Anjos Rocha, Universidade Federal de Sergipe

Licenciada em História, Mestra em Educação (UNESP). Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Realiza pesquisas sobre gênero e sexualidades na educação em interface com os estudos feministas, decoloniais e estudos queer.

Érika Cecília Soares Oliveira, Universidade Federal de Alagoas

Graduada em Psicologia, Mestra em Educação para a Ciência (UNESP). Doutora em Psicologia (UNESP). Professora Adjunta junto ao Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL/Campus Maceió) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP/UFAL). Realiza pesquisas sobre epistemologias feministas, políticas de escrita, feminismos subalternos e decoloniais.

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Publicado

2022-09-14

Como Citar

Oliveira, R. R., Rocha, K. dos A., & Oliveira, Érika C. S. (2022). Contraescritas feministas: educação das meninas de pedra. Revista Estudos Feministas, 30(2). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n277563

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