“Gender ideology” as a political instrument in newspapers in Brazil and Portugal
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n378510Keywords:
Gender ideology, Democracy, Journalism, Portugal, BrazilAbstract
The sociological concept of ‘gender ideology’ was redefined from the 1990s and became a political instrument against feminist and LGBT+ narratives. The politicization of this expression is a challenge for gender and sexual diversity studies, as it generates barriers in policies, in the research agenda, and transnational action with governments, media, and other social agents. In this Content
Analysis, we compare the use of the expression in the coverage of newspapers with the greatest digital
circulation in Brazil (Folha de S. Paulo) and Portugal (Expresso) between 2000 and 2019. What does it inform about the current stage of the discursive dispute around that expression? The results indicate the consolidation of the term in a conservative bias, similar patterns in the speeches and profiles of those who use it, and points out that the greatest political reactions occur when it is associated with the themes ‘elections’ and ‘education’.
Downloads
References
ALVES, José Eustáquio; CORRÊA, Sônia. “Igualdade e desigualdade de gênero no Brasil:
um panorama preliminar, 15 anos depois do Cairo”. In: SEMINÁRIO BRASIL, 15 ANOS APÓS A
CONFERÊNCIA DO CAIRO, 2009, Belo Horizonte, Abep. Anais... Belo Horizonte: Abep, ago. 2009.
ANTIĆ, Marija; RADAČIĆ, Ivana. “The evolving understanding of gender in international law
and ‘gender ideology’ pushback 25 years since the Beijing conference on women”. Women’s
Studies International Forum [online], v. 83, 2020, 102421. Disponível em https://doi.org/10.1016/j.wsif.2020.102421. ISSN: 0277-5395. Acesso em 14/12/2020.
AMARO, Ivan. “A escola no armário: o apagamento das relações de gênero e das sexualidades
no PNE e nos Planos Municipais de Educação”. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO
E SEXUALIDADE, 4, e ENCONTRO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE GÊNERO, 2, 2016, Vitória, UFES. Anais eletrônicos... Vitória: UFES, 2016.
APCT. Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação. “Análise simples 2019
– Todos os segmentos”. APCT [online], Lisboa. Disponível em http://bit.ly/2pIewDa. Acesso em
/12/2019.
BACHRACH, Peter; BARATZ, Morton S. “Duas faces do poder”. Revista de Sociologia e Política,
Curitiba, v. 19, n. 40, p. 149-157, 2011. Disponível em https://bit.ly/2LyBxDh. Acesso em 20/04/2016.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1995.
BRASIL. Ministério da Educação. Avaliação do Plano Nacional de Educação, 2001-2008. Brasília: INEP, 2009. Disponível em https://goo.gl/IfCOiq. Acesso em 13/02/2020.
BUTLER, Judith. “Judith Butler escreve sobre sua teoria de gênero e o ataque sofrido no Brasil”.
Folha de S. Paulo [online], São Paulo, 19/11/2017. Disponível em https://bit.ly/3j5NgEU. Acesso em 05/05/2020.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003.
CERQUEIRA, Carla; CABECINHAS, Rosa. “Políticas para a igualdade entre homens e mulheres nos media: da (inov)ação legislativa à mudança social”. Ex aequo, Vila Franca de Xira, n. 25, p. 105-118, 2012. Disponível em https://bit.ly/3njYloj. Acesso em 14/12/2019.
CORREDOR, Elizabeth S. “Unpacking ‘Gender Ideology’ and the Global Right’s Antigender
Countermovement”. Signs, Boston, v. 44, n. 3, p. 613-638, 2019. Disponível em https://bit.
ly/38KDgPH. Acesso em 19/02/2019.
CRENSHAW, Kimberlé. “Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence
against Women of Color”. Stanford Law Review, Stanford, v. 43, n. 6, p. 1241-1299, 1991. Disponível em https://www.jstor.org/stable/1229039?seq=1. Acesso em 08/06/2020.
DRUMM OND, Daniela; SOUZA, Juliana I. L.; ALMEIDA, Tatiane S. “As imagens do movimento
feminista nos jornais do Brasil e de Portugal (2013-2015)”. Agenda Política, São Carlos, v. 7, n. 3, 2019. Disponível em https://bit.ly/36N1eau. Acesso em 20/02/2020.
EXPRESSO. “Os ‘estilhaços’ do Chega estão a formar um novo partido: eis a Liga Nacional”.
Expresso [online], Paço dos Arcos, 13/10/2020. Disponível em https://bit.ly/2J6jTFR. Acesso em
/11/2020.
EXPRESSO. “Patriarcado de Lisboa diz que foi imprudente ter apelado ao voto no Basta”.
Expresso [online], Paço dos Arcos, 16/05/2019a. Disponível em https://bit.ly/2JbGml6. Acesso em 06/05/2020.
EXPRE SSO. “Podcast Eixo do Mal: ‘A maneira como este ministro se portou com o autarca de
Mação é... desagradável’”. Expresso [online], Paço dos Arcos, 26/07/2019b. Disponível em https://bit.ly/32dsg8D. Acesso em 06/05/2020.
FERREIRA, Valdinei. “Ernesto, Damares e os dragões”. Folha de S. Paulo [online], São Paulo,
/02/2019. Disponível em https://bit.ly/32kgRE5. Acesso em 05/05/2020.
FOLHA DE S. PAULO. “Documento do Vaticano condena o feminismo”. Folha de S. Paulo [online], São Paulo, 31/07/2004. Disponível em https://bit.ly/3nQMcHj. Acesso em 05/05/2020.
FOLHA DE S. PAULO. “‘Ideologia de gênero’ será desastrosa para crianças, afirma a CNBB”.
Folha de S. Paulo [online], São Paulo, 18/06/2015. Disponível em https://bit.ly/36ZzejQ. Acesso em 05/05/2020.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
GANHÃO, Mafalda. “Patriarca alerta para ‘imerecida penúria’ de muitas pessoas”. Expresso
[online], Paço dos Arcos, 11/11/2013. Disponível em https://bit.ly/3fui4P1. Acesso em 06/05/2020.
GARRAIO, Júlia; TOLDY, Teresa. “‘Ideologia de género’: origem e disseminação de um discurso
antifeminista”. Mandrágora, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 129-155, 2020. Disponível em https://bit.
ly/3pw5kw2. Acesso em 10/08/2020.
GOMES, Eduardo R. A.; FEHLBERG, Jamily. “Lesbofobia: a construção de um novo conceito”.
Psicologia em Foco, Aracaju, v. 4, n. 1, jul./dez. 2014. Disponível em https://bit.ly/372mxow.
Acesso em 15/03/2017.
GMMP. Global Media Monitoring Project. “Guia de Monitoramento para todos os meios”. GMMP, 2020. Disponível em https://bit.ly/2YfSDcy. Acesso em 13/07/2020.
JUNQUEIRA, Rogério D. “Currículo heteronormativo e cotidiano escolar homofóbico”. Espaço do Currículo, João Pessoa, v. 2, n. 2, p. 208-230, set. 2009-mar. 2010.
JUNQUEIRA, Rogério D. “‘Ideologia de gênero’: uma categoria de mobilização política”. In: SILVA, Márcia A. (Org.). Gênero e diversidade: debatendo identidades. São Paulo: Perse, 2016. p. 229-246.
LOUÇÃ, Francisco. “Como treinar um Bolsominion”. Expresso [online], Paço dos Arcos, 19/03/2019. Disponível em https://bit.ly/3ggnvQt. Acesso em 06/05/2020.
LOURO, Guacira L. “Heteronormatividade e homofobia”. In: JUNQUEIRA, Rogério D. (Org.).
Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília:
MEC; UNESCO, 2009. p. 85-94.
LOURO, Guacira L. (Org.). O corpo educado: Pedagogia da sexualidade. 2 ed. Belo Horizonte:
Autêntica, 2000.
LUSA. “Médicos católicos pedem a Marcelo para vetar a lei de mudança de género”. Expresso
[online], Paço dos Arcos, 16/04/2018. Disponível em https://bit.ly/39aPNfn. Acesso em 06/05/2020.
MÍDIA DADOS Grupo de Mídia. “Mídia Dados Brasil 2018”. Mídia Dados. São Paulo, 2019. Disponível em http://bit.ly/2JUQ5IU. Acesso em 21/09/2019.
MISKOLCI, Richard; CAMPANA, Maximiliano. “‘Ideologia de Gênero’: notas para uma genealogia de um pânico moral contemporâneo”. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 12, n. 3, 2017.
MIRANDA, Cynthia M.; PARENTE, Temes G. “Plataforma de Ação de Pequim, avanços e entraves ao gender mainstreaming”. OPSIS, Catalão, v. 14, n. 1, p. 415-430, 2014.
MONT’ALVERNE, Camila B. P. “Pródigo em decisões contra o interesse público”: Imagem pública, agendamento e enquadramento do congresso nacional nos editoriais dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. 2016. Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Comunicação) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
PELLEGRINO, Antonia; MIKLOS, Manoela. “Seguindo a cartilha”. Folha de S. Paulo [online], São
Paulo, 04/03/2019. Disponível em https://bit.ly/3aPbiBq. Acesso em 05/05/2020.
PERES, William S. “Cenas de exclusões anunciadas: travestis, transexuais, transgêneros e a escola brasileira”. In: JUNQUEIRA, Rogério D. (Org.). Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília: MEC; UNESCO, 2009. p. 235-264.
ROST, Mariana; VIEIRA, Miriam Steffen. “Convenções de gênero e violência sexual: A cultura do
estupro no ciberespaço”. Contemporanea, Salvador, v. 13, n. 2, p. 261-276, 2015. Disponível em https://bit.ly/2J0Vfq8. Acesso em 15/03/2017.
SACCHET, Teresa. “Why gender quotas don’t work in Brazil? The role of the electoral system and political finance”. Colombia Internacional, Bogotá, v. 95, p. 25-54, jul./set. 2018. Disponível em https://bit.ly/39nNZQi. Acesso em 10/05/2020.
SALDAÑA, Paulo. “Governo Bolsonaro vai criar comissão para pente-fino ideológico de questões do Enem”. Folha de S. Paulo [online], São Paulo, 20/02/2019. Disponível em https://bit.ly/2JoWtvz. Acesso em 05/05/2020.
SCOTT, Joan W. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação & Realidade,
Porto Alegre, v. 2, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995. Disponível em https://bit.ly/2FC3K9j. Acesso em
/10/2016.
SIC Notícias. “Moção polémica do Chega!: ‘Devem ser retirados os ovários’ às mulheres que
abortem”. SIC Notícias [online]. Lisboa, 21/09/2020. Disponível em https://bit.ly/2Jss67j. Acesso em 21/09/2020.
SILVEIRINHA, Maria João. “Repensar as políticas públicas sobre as mulheres e os media: ou do
quão cruciais são os estudos feministas da comunicação”. Ex aequo, Vila Franca de Xira, n. 25,
p. 91-104, 2012. Disponível em https://bit.ly/2K0wqve. Acesso em 14/12/2019.
SOUZA, Juliana I. L.; EDUARDO, Maria Cecília. “Disputas discursivas na mídia: A cobertura dos
jornais Folha de S. Paulo e Gazeta do Povo sobre gênero e diversidade sexual nos planos de
educação”. Agenda Política, São Carlos, v. 8, n. 1, p. 222-254, 2020.
SOUZA, Nelson R.; SOUZA, Juliana I. L.; DRUMMOND, Daniela. “A cobertura do jornal Gazeta do
Povo nas questões de gênero e diversidade sexual nos planos de educação”. Ação Midiática,
Curitiba, n. 15, p. 101-119, 2018. Disponível em https://bit.ly/35D4oOk. Acesso em 03/09/2018.
SOUZA, Sandra D. “‘Não à ideologia de gênero!’ A produção religiosa da violência de gênero
na política brasileira”. Estudos de Religião, São Paulo, v. 28, n. 2, p. 188-204, jul./dez. 2014.
Disponível em https://bit.ly/3kDdzCW. Acesso em 30/03/2017.
TRAQUINA, Nelson. Teorias do jornalismo, porque as notícias são como são. 2 ed. Florianópolis: Insular, 2005.
VIEIRA JUNIOR, Luiz A. M.; PELÚCIO, Larissa. “Memes, fake news e pós-verdade ou como a teoria de gênero vira uma ‘ideologia perigosa’”. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 25, n. 48, jan./jun. 2020. Disponível em https://bit.ly/3fcYjvu. Acesso em 21/08/2020.
VIGOYA, Mara V.; RONDÓN, Manuel A. R. “Hacer y deshacer la ideología de género”. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, n. 27, p. 118-127, set./dez. 2017.
VIMIEIRO, Ana C. S. C. Cultura pública e aprendizado social: a trajetória dos enquadramentos
sobre a temática da deficiência na imprensa brasileira (1960-2008). 2010. Mestrado (Programa
de Pós-Graduação em Comunicação Social) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, MG, Brasil.
Additional Files
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Revista Estudos Feministas
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Revista Estudos Feministas is under the Creative Commons International 4.0 Attribution License (CC BY 4.0), that allows sharing the work with recognition of authorship and initial publication in this journal.
The license allows:
Sharing (copying and redistributing the material in any support or format) and/or adapting (remixing, transforming, and creating from the material) for any purpose, even if commercial.
The licensor cannot revoke these rights provided the terms of the license are respected. The terms are the following:
Attribution – you should give the appropriate credit, provide a link to the license and indicate if changes were made. This can be done in several ways without suggesting that the licensor has approved of the use.
Without additional restrictions – You cannot apply legal terms or technological measures that prevent others from doing something allowed by the license.