Hacer adulto: capacidades y ambigüedades del cuidado materno en discapacidad intelectual

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2024v32n3101265

Palabras clave:

Maternidad, Discapacidad intelectual, Edad adulta, Capacitismo

Resumen

La noción de capacidad es central en el tema de la discapacidad en Brasil y plantea reflexiones sobre cómo la lógica capacitista organiza la sociedad a partir del binomio cuerpos capaces y cuerpos no capaces. En este artículo, me aparto de las prácticas de cuidado de adultos con discapacidad intelectual para examinar cómo el binomio infancia y edad adulta refleja esa lógica capacitista. A partir de una investigación realizada con madres de adultos con discapacidad intelectual en la ciudad de Porto Alegre entre 2017 y 2018, analizo las paradojas de una maternidad que es, al mismo tiempo, responsable de promover la “autonomía e independencia” de sus hijos y para tu bienestar físico. Sostengo que las nociones de adulto y niño se utilizan constantemente para clasificar los comportamientos de las personas con discapacidad intelectual, provocando que la tensión entre tutela y autonomía que media el cuidado se produzca a partir de nociones rígidas de lo que significa “ser adulto”. Propongo, finalmente, que la categoría de edad adulta, al igual que la de capacidad, se aplique de forma jerárquica en la categorización de las personas y en la valoración de la buena atención a los adultos con discapacidad intelectual.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Helena Moura Fietz, Louisiana State University/LSU

Helena Moura Fietz (helenafietz@lsu.edu; helenafietz@gmail.com) possui doutorado e mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professora assistente do Departamento de Antropologia e Geografia e está vinculada ao Programa de Estudos sobre Mulheres, Gênero e Sexualidade da Universidade Estadual de Louisiana.

Citas

ARIÈS, Philippe. História social da infância e da família. Rio de Janeiro: LCT, 1978.

AYDOS, Valéria. “Agência e subjetivação na gestão de pessoas com deficiência: a inclusão no mercado de trabalho de um jovem diagnosticado com autismo”. Horizontes Antropológicos, v. 22, n. 46, p. 329-358, 2016.

AYDOS, Valéria. “Construindo o ‘bom trabalhador’: inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho”. Etnográfica, v. 25, n. 2, p. 289-314, 2021.

CAMPBELL, Fiona K. “Inciting Legal Fictions: Disability’s Date with Ontology and the Ableist Body of the Law”. Griffith Law Review, v. 10, n. 1, p. 42-62, 2001.

CAMPBELL, Fiona K. Contours of Ableism: The Production of Disability and Abledness. London: Palgrave Macmillian, 2009.

COHN, Clarice. “Concepções de infância e infâncias: um estado da arte da antropologia da criança no Brasil”. Civitas – Revista de Ciências Sociais, v. 13, n. 2, p. 221-244, 2013.

DEBERT, Guita Grin. A reinvenção da velhice: socialização e reprivatização do envelhecimento. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, FAPESP, 1999.

ENGEL, Cíntia Liara. “Hiperprivatização do cuidado: projetos de cuidado das demências e seus efeitos”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 30, n. 3, e79285, 2022.

FERNANDES, Camila. Figuras da causação: sexualidade feminina, reprodução e acusações no discurso popular e nas políticas de Estado. 2017. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) – Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

FIETZ, Helena Moura. Construindo o Futuro, Provocando o Presente: cuidado familiar, moradias assistidas e temporalidades na gestão da deficiência intelectual no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2023a.

FIETZ, Helena. “Espera, cuidado e deficiência: as produções do tempo na trajetória de mães de adultos com deficiência intelectual”. Cadernos Pagu, n. 67, p. e236716, 2023b. Disponível em https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8673807. Acesso em 05/07/24.

FONSECA, Claudia. “Mães ‘abandonantes’: fragmentos de uma história silenciada”. Revista Estudos Feministas, v. 20, n. 1, 2012a.

FONSECA, Claudia. “Tecnologias globais de moralidade materna: as interseções entre ciência e política em programas ‘alternativos’ de educação para a primeira infância”. In: FONSECA, Claudia; ROHDEN, Fabíola; SANDRINE, Paula (Orgs.). Ciências na Vida: antropologia da ciência em perspectiva. São Paulo: Terceiro Nome, 2012b.

FONSECA, Claudia; MEDAETS, Chantal; RIBEIRO, Fernanda Bittencourt. “Prefácio”. In: FONSECA, Claudia; MEDAETS, Chantal; RIBEIRO, Fernanda Bittencourt (Orgs.). Pesquisas sobre família e infância no mundo contemporâneo. Porto Alegre: Sulina, 2018. p. 7-21.

GINSBURG, Faye; RAPP, Rayna. “Cognitive Disability: Towards an Ethics of Possibility”. The Cambridge Journal of Anthropology, v. 36, n. 1, p. 113-119, 2018.

GINSBURG, Faye; RAPP, Rayna. “Disability/Anthropology: Rethinking the Parameters of the Human”. Cultural Anthropology, v. 61, supplement 21, 2020.

GOODLEY, Dan. “Foreword”. In: CAMPBELL, Fiona K. Countours of Ableism: The Production of Disability and Abledness. London: Palgrave Macmillian, 2009. p. ix-xii

JOHNSON-HANK, Jennifer. “On the Limits of Life Stages in Ethnography: Toward a Theory of Vital Conjunctures”. American Anthropologist, New Series, v. 104, n. 3, p. 865-880, 2002.

KAFER, Alison. Feminist, Queer, Crip. Indianapolis: Indiana University Press, 2013.

KITTAY, Eva F. Love’s Labor: Essays on Women, Equality and Dependency. New York: Routledge, 1999.

KITTAY, Eva F.; CARLSON, Licia. “Introduction: Rethinking Philosophical Presumptions in Light of Cognitive Disability”. In: KITTAY, Eva F.; CARLSON, Licia (Eds.). Cognitive Disability and Its Challenge to Moral Philosophy. Chichester: Wiley-Blackwell, 2010. p. 1-25.

KITTAY, Eva F. Learning from My Daughter: The Value and Care of Disabled Minds. New York: Oxford University Press, 2019.

LOPES, Pedro. Negociando Deficiências: identidades e subjetividades entre pessoas com “deficiência intelectual”. 2015. Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) – Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

LOPES, Pedro. “Deficiência como categoria analítica: Trânsitos entre ser, estar e se tronar”. Anuário Antropológico, v. 44, n. 1, p. 67-91, 2019.

LOPES, Pedro. “Deficiência na cabeça: convite para um debate com diferença”. Horizontes Antropológicos, v. 28, p. 297-330, 2022.

MALZIEU, Mathias; BERLA, Stéphane (Direção). Jack e a mecânica do coração. França, 2013. 92 minutos.

MARTIN, Emily. Bipolar Expeditions: mania and depression in American culture. Princeton: Princeton University Press, 2007.

McKEARNEY, Patrick; ZOANNI, Tyler. “Introduction: for an anthropology of cognitive disability”. The Cambridge Journal of Anthropology, v. 36, n. 1, p. 1-22, 2018.

MELLO, Anahí Guedes de. “Deficiência, incapacidade e vulnerabilidade: do capacitismo ou a preeminência capacitista e biomédica do Comitê de Ética em Pesquisa da UFSC”. Ciência e Saúde Coletiva, v. 1, n. 10, p. 3265-3276, 2016.

MULLER, Elaine. “O conceito de transição e o curso de vida contemporâneo”. Revista Feminismos, v. 1, n. 3, 2013.

NUNES, Fernanda. Atuação política de grupos de pais de autistas no Rio de Janeiro: perspectivas para o campo da saúde. 2014. Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva) – Instituto de Medicina Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

RABINOW, Paul; ROSE, Nikolas. “O conceito de Biopoder Hoje”. Política & Trabalho – Revista de Ciências Sociais, N. 24, p. 27-57, 2006.

RIFIOTIS, Fernanda; RIBEIRO, Fernanda; COHN, Clarice; SCHUCH, Patrice. “Antropologia e as crianças: da consolidação de um campo de estudos aos seus desdobramentos contemporâneos”. Horizontes Antropológicos, ano 27, n. 60, p. 7-30, 2021.

RIBEIRO, Fernanda Bittencourt. “Lealdades, silêncios e conflitos: ser um dos ‘grandes’ num abrigo para famílias”. Civitas – Revista de Ciências Sociais, v. 11, n. 1, p. 40-55, 2011.

ROSE, Nikolas. The Politics of Life Itself: Biomedicine, Power and Subjectivity in the Twenty First Century. Princeton: Princeton University Press, 2007.

RUDDICK, Sara. Maternal Thinking: Toward a Politics of Peace. Boston: Beacon Press, 1995.

SCHUCH, Patrice; RIBEIRO, Fernanda Bittencourt; FONSECA, Claudia. “Infâncias e crianças: saberes, tecnologias e práticas”. Civitas – Revista de Ciências Sociais, v. 13, n. 2, p. 205-220, 2014.

SIMÕES, Julian. Assexuados, libidinosos ou um paradoxo sexual? Gênero e sexualidade em pessoas com deficiência intelectual. 2014. Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) – Universidade de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil.

SIMÕES, Julian. Dos Sujeitos de Direitos, das Políticas Públicas e das Gramáticas Emocionais em Situações de Violência Sexual Contra Mulheres com Deficiência Intelectual. 2019. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) – Universidade de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil.

SMILGES, Logan J. Crip Negativity. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2023.

TAYLOR, Sunaura. Beasts of burden: animal and disability liberation. New York: New Press, 2017.

VIANNA, Adriana. Limites da menoridade: tutela, família e autoridade em julgamento. 2002. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social) – Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

YAZICI, Berna. “The Return to the Family: Welfare, State, and Politics of the Family in Turkey”. Anthropological Quarterly, v. 85, n. 1, p. 103-140, 2012.

Publicado

2024-12-06

Cómo citar

Fietz, H. M. (2024). Hacer adulto: capacidades y ambigüedades del cuidado materno en discapacidad intelectual. Revista Estudos Feministas, 32(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2024v32n3101265

Número

Sección

Seção Temática Estudos Feministas da Deficiência: diálogos interseccionais

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.