Filosofia intercultural e paradigma emergente: um novo enfoque para as “razões” de uma cultura diferente
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2014v11n2p37Resumo
http://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2014v11n2p37
Inicia-se este trabalho com uma problematização de certa crise paradigmática que, de acordo com alguns autores, não se restringe ao módus faciendi científico, atingindo também o próprio conhecimento, considerado este sob uma perspectiva mais ampla, aplicando-se a todo o conjunto de nossos valores e relações entre homem, natureza e sociedade. Cabe salientar a crise do que se nomeia como “paradigma dominante”, através da qual urge a necessidade de um novo fazer científico e uma nova forma de apropriação do conhecimento, em que o senso comum é resgatado e recebe a devida valoração. Esta é a proposta do assim chamado “paradigma emergente” que, segundo entendemos, prepara o caminho para que a heterodoxia de propostas como a da Filosofia Intercultural encontrem solo propício na construção de formas alternativas para se encarar culturas e saberes autóctones. Descrevem-se alguns aspectos epistemológicos que compõem a Filosofia Intercultural, em especial a sua negativa com respeito ao etnocentrismo. Pretende-se argumentar que esta nova forma de filosofar atende aos requisitos de um paradigma emergente, na medida em que não privilegia este ou aquele logos como a “razão absoluta e universal”, mas permite a expressão de outras formas de racionalidade que, não raro, chocam os padrões do que se considera “convencional”, como é o caso das culturas indígenas. O conjunto destes princípios paradigmáticos e interculturais encontra eco na interpretação de algumas formas de racionalidade típicas da Reserva Indígena Rio D’ Areia, situada no município de Inácio Martins, no Paraná, cuja coleta de dados foi realizada através da observação participante.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a sua publicação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).