Os mercados campesinos de Bogotá: patrimônio imaterial e desenvolvimento da economia campesina na Colômbia
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2018v15n1p56Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar os Mercados Campesinos (MC) de Bogotá, como canais de comercialização de produtos rurais frescos, pratos típicos, artesanatos, dentre outros bens que remetem às feiras de escambo indígenas pré-coloniais que aconteciam na região central da Colômbia. Dinamicamente transformados, os MC, resultantes do Processo Mercados Campesinos (PMC), se configuram na atualidade como espaços interculturais de circulação e compartilhamento de memorias, identificações e modos saber-fazer campesinos, indígenas e afrodescendentes, baseados nos princípios de Segurança e Soberania Alimentar. O artigo propõe mostrar alguns dos modos de saber–fazer campesinos presentes na cotidianidade dos MC. Para tanto, além de fontes escritas (bibliografia, legislações e documentos oficiais), valemo-nos de entrevistas produzidas com base na metodologia da história oral com campesinos/as que participam dos MC para identificar os modos de saber-fazer que albergam estes espaços, analisando as possibilidades das comunidades participantes, em se apropriarem dos instrumentos de salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (PCI) da Colômbia. Encontramos que existe um processo decorrente do ato administrativo para postular o reconhecimento de uma manifestação como Patrimônio Cultural Imaterial, e assim ser incluída em uma das Listas Representativas de Patrimonio Cultural Inmaterial (LRPCI), contém um instrumento denominado Plan especial de Salvaguarda (PES) que não apenas poderia contribuir com o desenvolvimento das comunidades que participam dos MC, mas também em concretizar políticas efetivas voltadas à Seguridade e Soberania Alimentar do país.
Referências
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