Risco, sociedade e ambiente: o caso da produção ecológica cooperativa e a gestão global da biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2011v8n2p335Resumo
O artigo examina o tema do risco a partir de uma análise sobre a biodiversidade e os conhecimentos tradicionais. Examinando o caso de agricultores ecológicos vinculados à Ecovida – rede de agroecologia composta por agricultores, consumidores e mediadores sociais no sul do Brasil – a perspectiva é demonstrar que a biodiversidade na agricultura e os conhecimentos relacionados a cultivos sofrem problemas identificados com uma dupla “erosão”: a diminuição e a susceptibilidade das variedades agrícolas disponíveis para serem cultivadas e o afunilamento dos saberes. As recentes transformações no âmbito dos regimes de propriedade intelectual, especialmente as disposições sobre sementes e saberes, estão diretamente associadas a novos riscos. Os dados utilizados e interpretados são provenientes de uma pesquisa de caráter etnográfico desenvolvida entre agricultores ecológicos, técnicos mediadores e consumidores vinculados à rede no oeste catarinense. Estes atores propõem esquemas coletivos de resistência aos controles sobre a natureza e os saberes, observadas em ações que procuram efetivar a multiplicação de sementes e promover a multiplicidade dos saberes do campo. Resultado do esforço coletivo, a certificação participativa funciona como um dos pilares para problematizar os riscos e mediatizar os controles sobre a produção.
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