Cosmopoéticas do refúgio: a resistência em tempos de capitalismo mundial integrado
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2023.e91714Palavras-chave:
Ciência política, Filosofia, Resistência, Sociedade de controleResumo
A obra discute as possibilidades de refúgio na atual sociedade de controle, utilizando o conceito de marronagem para caracterizar todo o processo histórico, cultural e político de aglutinação de forças de subalternos e subalternas, conjurando uma matriz de formas de vida inauditas que remetem a uma cosmopoética. Onde ocorre a produção de mundos, a criação de um fora da sociedade escravagista e posteriormente das outras formas de captura, as quais possuem valor de refúgio e de utopia concreta para todos que ainda permanecem cativos. A arte da fuga, que a experiência histórica da marronagem representa, se constitui como uma das modalidades, uma subversão a partir de dentro, seja esse dentro a colônia ou nossa sociedade de controle. Nesses tempos sombrios em que proliferam os mecanismos de controle, as resistências devem ser furtivas, mais do que frontais, evitando a exposição e a captura. A marronagem, significa menos uma forma de conquista do que de subtração ao poder e a cosmopoética não é um fetiche, ou uma marca registrada, apenas um termo, um modo entre outros de apontar para uma outra relação com o mundo que privilegie a escuta, mais do que a visão.
Referências
Haraway, Dona. Tentacular Thinking: Anthropocene, Capitalocene, Chthulucene. 2016. Disponível em: https://law.unimelb.edu.au/__data/assets/pdf_file/0004/3118261/11-Haraway,-Donna,-Tentacular-Thinking.pdf. Acessado em 13 nov. 2020.
TSING, Anna. Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Brasília: IEB Mil Folhas, 2019. 284 p.
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Marcos Catelli Rocha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a sua publicação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).