"É a partir dessa sementinha que nós vamos avançando." The agroecological practices of the peasant women’s movement in Santa Catarina (MMV/SC)

Authors

  • Mariateresa Muraca Università degli Studi di Verona, Verona, Itália

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2018v15n1p75

Abstract

The paper is based on a collaborative ethnography conducted with the Peasant Women Movement (MMC/SC) in Santa Catarina state, from 2011, and aims to delineate the political and pedagogical characteristics of the agroecological perspective embodied by the movement, in synergy with other Via Campesina organizations. The data were collected through narrative interviews, participant observation, focus group, documentation analysis and restitution activities. First, the struggle for agroecology is contextualized within the trajectory of the MMC/SC. Then the text focuses on the agroecological practices of the movement, with special reference to the activities of rescue, production and multiplication of creole seeds and the use of medicinal plants. The results pointed to the feminist and decolonial character of the agroecological practices within the popular peasant agriculture project of the MMC.

Author Biography

Mariateresa Muraca, Università degli Studi di Verona, Verona, Itália

Doutora em Ciências Humanas pelo Programa de Pós-Gradução Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Pesquisadora de Pós-doutorado em Ciências da Educação na Universidade de Verona, Itália.

References

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA (ABRASCO) – Dossiê Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde Parte 1 - Agrotoxicos, Seguranca Alimentar e Nutricional e Saude. Rio de Janeiro: ABRASCO, 2012.

ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA (ANA). Mulheres construindo a agroecologia. Caderno do II encontro Nacional de Agroecologia. Rio de Janeiro: Walprint Gráfica e Editora, 2008.

BERTIN, Giovanni. Educazione alla ragione. Lezioni di pedagogia generale. Roma: Armando, 1995.

BONI, Valdete, De agricultoras a camponesas: o Movimento de Mulheres Camponesas de Santa Catarina e suas práticas. 2012. Tese (doutorado em Sociologia Politíca) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.

CAPORAL, Francisco R. Em defesa de um plano nacional de transição agroecológica: compromisso com as atuais e nosso legado para as futuras gerações. In: BALESTRO, Moisés V.; SAUER, Sérgio (orgs). Agroecologia e os desafios da transição agroecológica. São Paulo: Expressão Popular, 2009, p. 267-309.

CICCARESE, Davide. I semi e la terra. Manifesto per l’agricoltura contadina. Milano: Altreconomia, 2013.

CINELLI, Catiane. Programa de sementes crioulas de hortaliças: experiência e identidades no Movimento de Mulheres Camponesas. 2012. Dissertação (Mestrado em Educação nas Ciências) – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2012.

ETC GROUP. Monsanto-Bayer y el control digital de la agricultura. 2016. Disponível em: www.etcgroup.org.es. Último acesso em: 29 novembro 2016.

ETC GROUP. Transgénicos, glifosato y cancer. 2015. Disponível em: www.etcgroup.org.es. Último acesso em: 20 novembro 2016.

GEBARA, Ivone. Teologia ecofeminista. São Paulo: Olho d'Água, 1997.

VIGIL, José M.; CASALDÁLIGA, Pedro (orgs). Agenda Latinoamericana Mundial 2012. Buen vivir/buen convivir. Disponível em: www.latinoamericana.org. Último acesso em: 28 novembro 2016.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Posicionamento do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva acerca dos agrotóxicos. 2015. Disponível em: www.inca.org.br. Último acesso em: 22 novembro 2016.

MMC/BRASIL. Lutas. Disponível em: www.mmcbrasil.com.br. Último acesso em: 29 novembro 2016.

MMC/Brasil. Mulheres camponesas em defesa da saúde e da vida. Cartilha, Chapecó, abril 2008.

MURACA, Mariateresa, Práticas pedagógicas populares, feministas e decoloniais do Movimento de Mulheres Camponesas de Santa Catarina. Uma etnografia colaborativa. 2015. Tese (doutorado interdisciplinar em Ciências Umanas) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.

PIUSSI, A. Maria. Educare per il cambiamento o cambio di civiltà? In: BUTTARELLI, Anna R.; GIARDINI, Federica (orgs). Il pensiero dell'esperienza. Milano: Baldini Castoldi Dalai, 2008a, p.445-459.

POLI, Odilon. Leituras em movimentos sociais. Chapecó: Argos, 2008.

SCHMITT, Claudia J. Transição agroecológica e desenvolvimento rural: um olhar a partir da experiência brasileira. In: BALESTRO, Moisés V.; SAUER, Sérgio (orgs). Agroecologia e os desafios da transição agroecológica. São Paulo: Expressão popular, 2009, p.177-204.

SHIVA, Vandana. Le nuove guerre della gobalizzazione. Sementi, acqua e forme di vita. Torino: Utet, 2005.

SHIVA, Vandana. Sopravvivere allo sviluppo. Torino: Isedi, 1990.

TECCHIO, Andréia. O uso de sementes crioulas de hortaliças pelas componentes do Movimento de Mulheres Camponesas de Santa Catarina. 2005. Monografia (pós-graduação em Movimentos Sociais e Desenvolvimento) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Francisco Beltrão, 2005.

TOMMASI, Wanda. Il lavoro del servo. In: Diotima. Oltre l'uguaglianza. Le radici femminili dell'autorità. Napoli: Liguori, 1995, p.59-84.

WEZEL, Alexander et al. Agroecology as a science, a movement and a practice. A review. Agronomy for Sustainable Development, n.4. pp.503-515, out./dez. 2009.

Published

2018-02-02

Issue

Section

Artigos - Estudos de Gênero