Os refugiados, uma vida cindida entre o humano e o cidadão: um diálogo com Giorgio Agamben
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2022.e75091Resumen
A condição do refugiado tem se tornado algo a mais que um mero fato político pontual de nossa modernidade. A figura do refugiado, em suas múltiplas versões, carrega em si o estigma de ser reconhecido como humano, porém negando-lhe a cidadania. A condição do refugiado, que não cessa de crescer ao longo do mundo, desvela os limites do Estado-nação e suas instituições incapazes de reconhecer a igualdade real de direitos a todos os seres humanos. A obra de Giorgio Agamben oferece um instrumental conceitual para pensarmos criticamente a condição do refugiado e os limites do Estado-nação. Os novos muros que não cessam de construir-se por todo mundo, são reflexo da incapacidade jurídico política do Estado-nação para responder aos novos desafios políticos de uma humanidade nômade. O refugiado opera no presente como uma espécie de vanguarda do povo, que nos instiga a pensar as categorias para uma nova política que não exclua através da cisão da vida humana.
Citas
ARENDT Hannah. Origens do totalitarismo. Tradução Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
AGAMBEN, Giorgio. La comunità que viene. Torino: Einaudi, 1990.
AGAMBEN, Giorgio. "We Refugees." Symposium. 1995, No. 49(2), Summer, Pages: 114-119.
AGAMBEN, Giorgio. Mezzi senza Fine. Note sulla política. Torino: Bollati Boringhieri,1996.
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua. I. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UF MG, 2002.
AGAMBEN, Giorgio. Estado de Exceção. Homo Sacer II. Tradução de Iraci D. Poleti.- São Paulo: Boitempo, 2004.
AGAMBEN, Giorgio. Profanações. Tradução e apresentação Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2007.
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha. Homo Sacer III. Tradução Selvino Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.
AGAMBEN, Giorgio. Stasis : la guerra civile come paradigma politico, Homo Sacer, II, 4, Torino : Bollati Boranghieri, 2015.
BENJAMIN, Walter. Documentos de cultura, documentos de barbárie. São Paulo: Cultrix, 1986.
BENJAMIN, Walter. “Zur Kritik der Gewalt”. In. Archiv für Sozialwissenschaften und Socialpolitik, n. 47, 1921.
BENJAMIN, Walter. “Crítica do poder como violência”. In: BENJAMIN, Walter. Benjamin, o anjo da história. São Paulo: Autêntica, 2012, p. 59-82.
CALORE, Andrea. «Per Iovem lapidem». Alle origini del giuramento. Sulla presenza del ´“sacro” nell’esperienza giuridica romana. Milano: Mondadori, 2000.
CARANDINI, Andrea. La nascita di Roma. Dei, Lari, eroi e uomini all’alba di uma civiltà, Torino: Einaudi, 1997.
CASTRO, Edgardo. “Nuevo Derecho, Estatalidad, gubernamentalidad’. In: CASTRO, Edgardo. Revista Brasileira de Estudos Políticos. Belo Horizonte. N.108 pp.41-61. Jan./jun.2014. DOI: 10.9732/P.0034-7191.2014v108p41.
CASTRO, Edgardo. Introdução a Giorgio Agamben. Uma arqueologia da potência. Trad. Beatriz de Almeida Magalhães. Belo Horizonte: ed. Autêntica, 2012.
CASTRO, Edgardo. “Animales políticos: el tiempo de la vida y la politicidad del hombre”. In Quadranti – Rivista Internazionale di Filosofia Contemporanea – Volume I, nº I, 2013, p. 14-30.
CHACON, Rodrigo. “Murallas y otros estados de excepción”. In: CHACON, Rodrigo. Revista Estudios Filosofía. Historia y Letras. ITAM. México: 117, vol XIV, verano 2016.
DURANTAYE, Lelan. Agamben, a critical introduction. Stanford: Ed. Stanford University Press, 2009.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade. A vontade de saber. São Paulo: Graal, 1999.
HASSNER, Ron E. and WITTENBERG, Jason. Barriers to Entry: Who Builds Fortified Boundaries and Are They Likely to Work? APSA 2009 Toronto. 2009.
MACGOVERN, Mark. “The Dilemma of Democracy: Collusion and the State of Exception”. In. Studies in Social Justice, Volume 5, Issue 2, 2011, p. 213-229.
MARTINS, Lucas Moraes. “O estado de exceção como um espaço vazio de direito”. Pensar, Fortaleza, v. 20, n. 3, p. 847-873, set./dez. 2015.
NEUTZLING, Ignacio e RUIZ, Castor M.M. (Orgs). O (des)governo biopolítico da vida humana. São Leopoldo: Casa Leiria, 2011.
RUIZ, Castor M. M. “Homo Sacer. O poder soberano e a vida nua”. In: RUIZ, Castor M. M. IHU On-Line. São Leopoldo, n.371, ano 11. 29, p.4-42. ago. 2011.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. “Walter Benjamin: o estado de exceção entre o político e o Estético”. In: SELIGMANN-SILVA, Márcio. Revista Outra Travessia. Nº 5, Florianópolis, 2005, p. 25-38. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/Outra/article/view/12579/11746 acesso em 30.07.2019
TOSCANO, Daniel. “Derecho, Soberanía y Biopolítica en Giorgio Agamben: eslabones indiferenciados de una misma “cinta de moebius”. In: TOSCANO, Daniel. Quaestio Iuris. Vol.09, n,02. Rio de Janeiro, 2016. p.788-806.
ZAMBRANO, Maria. Los bienaventurados. Madrid: Siruela, 2004.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz, Carolina Reyes Molina

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
Los autores y las autoras mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons - Atribución 4.0 Internacional que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Los autores tienen permiso y son estimulados a publicar y distribuir su trabajo online después de su publicación (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) ya que eso puede aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Ver El Efecto del Acceso Libre).