Abordagens educativas, extensão rural e agricultura familiar em Biguaçu-SC
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2013v10n1p287Resumo
O artigo apresenta o esforço de adaptação, aplicação e descrição do processo de “Investigação Temática” (FREIRE, 1975) associado aos Momentos Pedagógicos (DELIZOICOV, 1991) como base para a elaboração de programas de extensão rural – uma conjugação até então usada apenas na área de ensino de ciências. O trabalho foi realizado com comunidades rurais de Biguaçu, no litoral de Santa Catarina, tendo como objetivo inicial compreender os motivos da pouca participação da população nas atividades propostas pelos agentes de extensão rural e dos conflitos entre famílias. Apontamos o “mercado” como tema unificador, que sintetiza um conjunto de “temas geradores”: a) áreas de preservação permanente e floresta – inclui a produção clandestina de carvão vegetal até então ignorada pelos órgãos de assistência técnica; b) o uso intenso de agrotóxicos em alguns cultivos; c) a segurança alimentar; d) a assistência técnica. Concluímos que o fato de não se abordar os temas da população é uma das principais causas da pouca participação e sugerimos um exemplo de programa para iniciar o trabalho a partir do tema gerador relacionado à floresta. Com base nas discussões geradas durante a pesquisa e nos desdobramentos do tema proposto em atividades que incluem experimentos a campo com floresta e com aipins, diálogo com órgãos ambientais, legalização da atividade carvoeira e busca de mercados diferenciados, concluímos que a abordagem utilizada representa, de fato, um potencial para os trabalhos de extensão rural e alertamos para a necessidade de formação em serviço e de inserção desse tipo de conteúdo nos currículos das ciências agrárias.
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