Por uma Educação Física da ordem da potência: o que pode o corpo em movimento?
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e61739Resumo
A partir de uma pesquisa teórica em filósofos como Spinoza, Deleuze e Guattari, problematizamos o modo pela qual as práticas corporais podem colocar para o corpo a questão do limite de sua (im)potência por meio de um circuito de afectos que vai do desamparo à alegria. Concluímos que aquelas práticas podem ser um território privilegiado para a investigação “do que pode o corpo em movimento?”, trazendo consequências para a Educação Física ao lidar pedagogicamente com elas.
Referências
ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. A Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1985.
ALMEIDA, Felipe Quintão. Educação Física, corpo e epistemologia: uma leitura com o filósofo José Nuno Gil. Dossiê Corpo e Educação. Atos de pesquisa em Educação. v. 7, n. 2, p. 329-344. mai./ago. 2012.
BETTI, Mauro. Corpo, motricidade e cultura: a fundação pedagógica da Educação Física sob uma perspectiva fenomenológica e semiótica. 2006. Tese (Pós-Doutorado em Educação Física) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
BETTI, Mauro. (2007). EF e cultura corporal de movimento: uma perspectiva fenomenológica e semiótica. Revista da Educação Física, Maringá, v. 18, p. 207-217.
BRACHT, Valter. Educação Física & ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Ijuí: Editora Unijuí, 1999.
BRACHT, Valter. (2019). A Educação Física escolar no Brasil: o que ela vem sendo e o que pode ser (elementos de uma teoria pedagógica para a Educação Física). Ijuí: Unijuí, 2019.
COSTA, Marcelo Adolpho Gomes. Corpo, linguagem e Educação Física: o limite culturalista sob a perspectiva do filósofo José Nuno Gil. 2014. 80f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Programa de Pós-Graduação em Educação Física - Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória.
COSTA, Marcelo Adolpho Gomes; ALMEIDA, Felipe Quintão. O corpo intensivo e a Educação Física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 40, n. 1, 2018. p. 3-9.
DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. São Paulo: escuta, 2002a.
DELEUZE, Gilles. Spinoza e o problema da expressão. 2002b.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. (2012a). Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. v. 3. São Paulo: Editora 34, 2012a.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. v. 4. São Paulo: Editora 34, 2012b.
FENSTERSEIFER, Paulo Evaldo; PICH, Santiago. Ontologia pós-metafísica e o movimento humano como linguagem. Impulso, Piracicaba, v. 22, n. 53, jan./abr. 2012. p. 25-36.
GUMBRECHT, Hans. Elogio da beleza atlética. São Paulo: Companhia da Letra, 2007.
LAPOUJADE, David. O corpo que não aguenta mais. In: LINS, Daniel.; GADELHA, Sylvio. (Orgs.). Nietzsche e Deleuze: que pode o corpo. Rio de Janeiro: Relumé Dumará, Fortaleza: Secretaria da Cultura e Desporto, 2002.
LAPOUJADE, David. Deleuze, os movimentos aberrantes. Trad. Laymert Garcia dos Santos. São Paulo: N.1 edições, 2015.
MORAES, Vinícius; POWELL, Baden. Samba da Benção. 1967. Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.jobim.org/gil/handle/2010.4/1314. Acesso em: 15 jan. 2016.
PICH, Santiago; SILVA, Sidinei Pithan; FENSTERSEIFER, Paulo Evaldo. Cuerpo, lenguaje y (bio)política: los giros del cuerpo y su educación en la alta modernidad. In: GALAK, Eduardo;
GAMBAROTTA, Emilliano. (Orgs.). Cuerpo, educación y política: tensiones epistémicas, históricas y prácticas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Bilbos, 2015. p. 59-76.
SAFATLE, Vladimir. O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.
SPINOZA, Baruch. Ética. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
VAZ, Alexandre Fernandez Vaz. Treinar o corpo, dominar a natureza: notas para uma análise do esporte com base no treinamento corporal. Cadernos Cedes, Campinas, v. 19, n. 48, 1999. p. 89-108.
YONEZAWA. Fernando. O bailarino dos afetos: corporeidade dionisíaca e ética trágica em Gilles Deleuze e na companhia de Nietzsche. 2013. 287 p. Tese (Doutorado em Psicologia) - Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP. Ribeirão Preto/SP.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores dos textos enviados à Motrivivência deverão garantir, em formulário próprio no processo de submissão:
a) serem os únicos titulares dos direitos autorais dos artigos,
b) que não está sendo avaliado por outro(s) periódico(s),
c) e que, caso aprovado, transferem para a revista tais direitos, sem reservas, para publicação no formato on line.
Obs.: para os textos publicados, a revista Motrivivência adota a licença Creative Commons “Atribuição - Não Comercial - Compartilhar Igual 4.0 Internacional” (CC BY-NC-SA).