Por uma Educação Física da ordem da potência: o que pode o corpo em movimento?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e61739

Resumo

A partir de uma pesquisa teórica em filósofos como Spinoza, Deleuze e Guattari, problematizamos o modo pela qual as práticas corporais podem colocar para o corpo a questão do limite de sua (im)potência por meio de um circuito de afectos que vai do desamparo à alegria. Concluímos que aquelas práticas podem ser um território privilegiado para a investigação “do que pode o corpo em movimento?”, trazendo consequências para a Educação Física ao lidar pedagogicamente com elas.

Biografia do Autor

Elder Silva Correia, Universidade Federal de Sergipe

Mestrado em Educação Física (UFES).

Doutorando em Educação (UFS)

Felipe Quintão de Almeida, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo

Graduação em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007). Doutorado em Educação pela mesma instituição (2009). Licenciando em Filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo (2011). Tem experiência na área de Educação e Educação Física, com ênfase em: educação física escolar e epistemologia da educação física. É editor adjunto da Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE) e do Cadernos de Formação RBCE. Foi Secretário Estadual do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte no Espírito Santo (gestão 2010-2012). Atuou como vice-secretário entre 2012-2013. Foi Coordenador adjunto do Grupo de Trabalho Temático Epistemologia, do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, na gestão 2011-2013 (CBCE). É Diretor Científico do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (2013-2017). Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito-Santo (FAPES). Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito-Santo (PPGEF/UFES) (2017-2019).

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Publicado

2020-04-06

Como Citar

Correia, E. S., & Almeida, F. Q. de. (2020). Por uma Educação Física da ordem da potência: o que pode o corpo em movimento?. Motrivivência, 32(61), 01–19. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e61739

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