Espaço, arte e expressão na formação docente: iluminuras do sensível
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2021.e70456Resumo
Resultado de pesquisa que teve por objetivo analisar contribuições de espaços-tempos poéticos, simbólicos e expressivos na formação de professores da Educação Infantil, este artigo apresenta e discute a proposta denominada “Estúdio do sensível”. Criado no âmbito da pesquisa e estruturado em dez encontros sustentados pelos recursos expressivos que dialogam com a arte e outros dispositivos culturais – arteterapia, biblioterapia, dança circular e escrita criativa –, o “Estúdio do sensível” foi desenvolvido com um grupo de oito professoras de Educação Infantil da rede pública. Os pressupostos teórico-metodológicos da psicologia analítica e arquetípica e das abordagens autobiográficas fundamentaram a condução da proposta e a pesquisa como um todo. Notas de campo (caderno de ressonâncias), fotografias do processo e material narrativo-expressivo criado pelas participantes constituíram o conjunto de dados. Das narrativas textuais e imagéticas docentes, inúmeros símbolos emergiram. Por um lado, notou-se a recorrência dos símbolos “árvore” e “pássaros”, que, pelas suas significâncias no contexto, foram iluminados, nas análises, apresentando-se como conteúdos estruturantes do caminho da individuação, sinalizando percursos da formação estética docente. Por outro lado, o ninho construído por meio do formato do “Estúdio do Sensível”, como um espaço de criação, pluralidade de linguagens e conhecimento de si, revelou aspectos que podem inspirar propostas de formação de professores que integrem conhecimento sensível e cognoscível. A qualidade dos tempos e dos espaços, as possibilidades expressivas das materialidades e dos recursos disponibilizados mostraram-se como elementos geradores de poéticas singulares, decisivos para fecundar o reconhecimento e a ampliação do senso estético e anímico na educação.
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