O viés de gênero no discurso e nas intervenções psiquiátricas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n193055

Palavras-chave:

género; psiquiatría; feminismo; diagnósticos; psicofármacos

Resumo

 O artigo aborda o viés de gênero existente no campo da psiquiatria. Para explorar esta
questão, dividimos nossa apresentação em três partes. Inicialmente exploramos o viés de gênero na história da psiquiatria, particularmente no nascimento da psiquiatria moderna. Em um segundo momento, analisamos as críticas feministas à psiquiatria atual, observando a persistência do viés de gênero desde a década de 1970, quando surgiram os primeiros estudos críticos, até os dias atuais. Por fim, na terceira parte desta escrita apresentamos uma narrativa em primeira pessoa, resultado de uma entrevista com uma usuária de um CAPS de Florianópolis

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Caponi, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Graduação em Filosofia - Universidad Nacional de Rosário (Argentina), mestrado em Lógica e Filosofia da Ciência pela UNICAMP, doutorado em Lógica e Filosofia da Ciência pela UNICAMP, realizou um primeiro Pós doutorado na Universidade de Picardie (França) em 2000, e um Pós-do

Jesús Martínez Sevilla, Universidad de Granada

Jesús Martínez Sevilla. ORCID ID: 0000-0002-8796-5483. Contratado predoutoral no Departamento de Antropología Social e doutorando no programa de doutorado em Estudios de las Mujeres, Discursos y Prácticas de Género da Universidad de Granada. Membro do núcleo de pesquisa “OTRAS. Perspectivas feministas em investigación social”. Membro do Instituto Universitario de Investigación de Estudios de las Mujeres y de Género da Universidad de Granada. Email: jesus.martinez.sevilla@gmail.com

Leticia Hummel Amaral, Universidade Federal de Santa Catarina

Leticia Hummel Amaral. ORCID ID: 0000-0001-7769-5515Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina, onde integra o NESFHis - núcleo de estudos em Sociologia, Filosofia e História das Ciências da Saúde. Bolsista contratada da FUMDES - Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior, da Secretaria de Educação do governo do estado de Santa Catarina. Email: leticiahummel@hotmail.com

Referências

BACIGALUPE, Amaia; MARTÍN, Unai. “Gender inequalities in depression/anxiety and the consumption of psychotropic drugs: Are we medicalising women’s mental health?”. Scandinavian Journal of Public Health [En línea]. 2020, v. 49, Issue 3. Disponible en https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1403494820944736. Consultado el 16/02/2023.

BIANCHI, Eugenia. “¿De qué hablamos cuando hablamos de medicalización? Sobre adjetivaciones, reduccionismos y falacias del concepto en ciencias sociales”. Relmecs. [En línea]. 2019, v. 9, n. 1. Disponible en http://sedici.unlp.edu.ar/handle/10915/78051. Consultado el 16/02/2023.

BOMBARDA, Miguel. Lições sobre a Epilepsia. Lisboa: Livraria de Antonio Pereira, 1896.

BUSFIELD, Joan. “The archaeology of psychiatric disorder. Gender and the disorders of thought, emotion and behaviour”. In: BENDELOW, Gillian; CARPENTER, Mick; VAUTIER, Caroline; WILLIAMS, Simon (Eds.), Gender, Health and Healing: The Public/Private Divide. Londres: Routledge, 2002. p. 144- 162.

CAPLAN, Paula; COSGROVE, Lisa. Bias In Psychiatric Diagnosis. Maryland: Jason Aronson Book, 2004.

CAPLAN, Paula; POLAND, Jeffrey. “The Deep Structure of Bias In Psychiatric Diagnosis”. In: CAPLAN, Paula; COSGROVE, Lisa (Orgs.). Bias In Psychiatric Diagnosis. Maryland: Jason Aronson Book, 2004. p. 9-23.

CAPONI, Sandra. “Scientia Sexualis. El lugar de la mujer en la historia de la psiquiatría”. In:

MIRANDA Marisa (Comp.) Las locas. Miradas interdisciplinarias sobre género y salud mental. La Plata: Edulp, 2019. p. 19-48.

CHESLER, Phyllis. Women and Madness. Nueva York: Avon, 1983.

CHESLER, Phyllis. “Prefacio a la edición de 2005”. In: CHESLER, Phyllis. Women and Madness.

Chicago: Lawrence Hill Books, 2018.

DAVIDSON, Larry; RAKFELDT, Jaak; STRAUSS, John. Las raíces del movimiento de recuperación en psiquiatría. Lecciones aprendidas. Madrid: Fundación para la Investigación y el Tratamiento de la Esquizofrenia y otras Psicosis, 2014.

FOUCAULT, Michel. Le pouvoir psiquiatrique. Paris: Gallimard, 2003.

FOUCAULT, Michel. Historia de la sexualidad. La voluntad de Saber. México D.F.: Siglo XXI, 1978.

FOUCAULT, Michel. Les anormaux. París: Gallimard. 1999.

IBSEN, Henrik. Casa de muñecas. Buenos Aires: Losada, 2009.

KRAFFT-EBING, Richard von. Psychopathia Sexualis. Philadelphia and London: The Davis Company and Rebman, 1894.

KUEHNER, Christine. “Why is depression more common among women than among men?”. Lancet Psychiatry [En línea]. 2017, v. 4, n. 2, p. 146-158. Disponible en https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27856392/. Consultado el 12/02/2023.

GOUDSMIT, Ellen. “All in Her Mind! Stereotypic Views and the Psychologisation of Women’s Illness”. In: WILKINSON, Sue; KITZINGER, Celia (Eds.). Women and Health: Feminist Perspectives. Londres: Taylor & Francis, 1994. pp. 7-12.

HURTADO, Inmaculada. Territorio Babia. Análisis de las articulaciones de género en el caso del

TDAH. In: XIV CONGRESO DE ANTROPOLOGÍA. ANTROPOLOGÍAS EN TRANSFORMACIÓN: SENTIDOS, COMPROMISOS Y UTOPÍAS, 2017, Valencia.

MAGNAN, Valentin; LEGRAIN, Paul Maurice. Les dégénérés. Paris: Rueff et G, 1895.

MAZON, Marcia. “Por que a indústria farmacêutica é diferente das outras? Saúde mental, ciência e psicotrópicos em questão”. In: CAPONI, Sandra; BROZOZOESKI, Fabíola S; LAJONQUÉRE, Leandro (Eds.). Saberes espertos e medicalização no domínio da infância. São Paulo: LiberArs, 2021. p. 33-52.

MIRANDA, Marisa. ¡Madre y patria! Eugenesia, procreación y poder en una Argentina

heteronormada. Buenos Aires: Teseo, 2019.

MOEBIUS, Paul Julius. La inferioridad mental de la mujer. Barcelona: Bruguera, 1982.

MOREL, Benedict. Traité des dégénérescence Physique, Intellectueles et Morales de l’Espèce

Humaine. Paris: Baillére, 1857.

MOURA, Maria Lacerda de. A mulher é uma degenerada. São Paulo: Tenda de Livros, 2018.

ONGARO BASAGLIA, Franca. “Prólogo”. In: ONGARO BASAGLIA, Franca. La inferioridad mental de la mujer. Barcelona: Bruguera, 1982. p. 1-22.

PRIOR, Pauline. “The Dark Side of Goodness: women, social norms and mental health”. Journal of Gender Studies [En línea]. 1996, v.5, n.1, p. 27-37. Disponible en https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09589236.1996.9960627. Consultado el 13/02/2023.

RIMKE, Heidi. “Introduction – Mental and Emotional Distress as a Social Justice Issue: Beyond

Psychocentrism”. Social Justice Issues, [En línea]. 2016 v.10, n.1, p. 4-17. Disponible en https://

journals.library.brocku.ca/index.php/SSJ/article/view/1407. Consultado el 10/02/2023.

RIMKE, Heidi; BROCK, Deborah. “The Culture of Therapy: Psychocentrism in Everyday Life”. In:

BROCK, Deborah; RABY, Rebecca; THOMAS, Mark P. (Eds.). Power and Everyday Practices. Toronto: Nelson Education, 2012, p. 182-202.

SHOWALTER, Elaine. The Female Malady: Women, Madness and English Culture, 1830- 1980.

London: Virago, 2001.

USSHER, Jane. Women’s Madness: Misogyny or Mental Illness? Hemel Hempstead: Harvester

Wheatsheaf, 1991.

USSHER, Jane. The Madness of Women: Myth and Experience. Nueva York: Routledge, 2011.

Arquivos adicionais

Publicado

2023-07-12

Como Citar

Caponi, S., Martínez Sevilla, J. ., & Hummel Amaral, L. (2023). O viés de gênero no discurso e nas intervenções psiquiátricas. Revista Estudos Feministas, 31(1). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n193055

Edição

Seção

Dossiê - Saúde mental e gênero: por uma agenda de pesquisa latino-americana

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)