Do Gender, Class, and Race Have Disability? Asian-Brazilian Histories and Activisms

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2024v32n3101151

Keywords:

Disability, Race, Gender, Social Markers of Difference, Intersectionality

Abstract

In this text, we propose a cross-intervention between the field of disability studies and Asian-Brazilian histories and activism. To do so, we followed the path below: we rescued debates about race, class, and gender in works with intersectionality and social markers of difference; we resume articulations between class, gender and race in the field of studies with disabilities; we argue for the pertinence of disability as an intersectional category; and we present and discuss some scenes of Asian Brazilian activism, in dialogue with the notions of disability and capacity as keys to analysis.

Downloads

Author Biographies

Pedro Lopes, Universidade Federal do ABC

É doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realiza pós-doutorado junto à Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais (PCHS) da Universidade Federal do ABC (UFABC), atua como vice-coordenador do Comitê Deficiência e Acessibilidade (CODEA) da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e é pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS/USP).

Laís Miwa Higa, USP

É mestra e doutoranda em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Pesquisadora do Núcleo de Estudos dos Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS/USP), do Núcleo Etnohistória (USP) e do Projeto Past Wrongs, Future Choices (PWFC, UVic, CA). Possui pesquisas sobre a comunidade okinawana-brasileira (2009-2015), ativismo asiático-brasileiro (2016-2024) e campos de concentração de nikkeis no Brasil e Shindo Renmei (2023-atual).

References

AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade?. Belo Horizonte: Letramento; Justificando, 2018.

ALMEIDA, Philippe Oliveira; ARAÚJO, Luana Adriano. “DisCrit: os limites da interseccionalidade para pensar sobre a pessoa negra com deficiência”. Revista Brasileira de Políticas Públicas, v. 10, n. 2, 26 out. 2020.

ANNAMMA, Subini Ancy; FERRI, Beth A.; CONNOR, David J. (Org.) DisCrit: Disability Studies and Critical Race Theory in education. Nova York: Teachers College Press, 2016.

BAIRROS, Luiza. “Nossos Feminismos Revisitados”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, ano 3, nº 2, pp.458-463, 1995.

BELL, Chris. “Introducing white disability studies: A modest proposal”. In: DAVIS, Lennard (org.). The Disability Studies Reader (2ª edição). Nova York: Routledge, 2006.

BLOCK, Pamela. “Esterilização e Controle Sexual”. In: ALLEBRANDT, Débora; MEINERZ, Nádia Elisa; NASCIMENTO, Pedro Guedes (orgs.). Desigualdades e políticas da ciência Florianópolis: Casa Verde, 2O2O. pp. 201-222.

CARNIEL, Fagner; MELLO, Anahí Guedes de. “Quem escreve pela deficiência no pensamento social brasileiro?”. Contemporânea, v. 11, p. 490-505, 2021.

CASTRO, Mary Garcia. “Alquimia de categorias sociais na produção dos sujeitos políticos”. Revista Estudos Feministas, v.0, n.0, pp.57-73, 1992

CHEN, An. “On the Source, Essence of “Yellow Peril” Doctrine and Its Latest Hegemony “Variant” – the “China Threat” Doctrine: From the Perspective of Historical Mainstream of Sino-Foreign Economic Interactions and Their Inherent Jurisprudential Principles”. The Journal of World Investment & Trade, v. 13, Martinus Nijhoff Publishers, 2012

COLLINS, Patricia Hill. “Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória”. Parágrafo, v. 5, n. 1, p. 6-17, jun. 2017.

CRENSHAW, Kimberlé. “Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color”. Stanford Law Review. v. 32, n. 6, p. 1241-1299, 1991.

CRENSHAW, Kimberlé. “Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics”. University of Chicago Legal Forum, Iss. 1, Article 8, pp.139-167, 1989.

DEZEM, Rogério. Matizes do “amarelo”: A gênese dos discursos sobre os orientais no Brasil (1878-1908). São Paulo: Associação Editorial Humanitas, 2005.

DIAS, Adriana. “Pensar a deficiência, algumas notas, e se me permitem um convite”. In: ALLEBRANDT, Débora; MEINERZ, Nádia Elisa; NASCIMENTO, Pedro Guedes (orgs.). Desigualdades e políticas da ciência. Florianópolis: Casa Verde, 2O2O. pp. 163-200.

DINIZ, Débora. O que é deficiência. São Paulo: Editora Brasiliense, 2007.

DINIZ, Débora. “O Modelo Social da Deficiência: A Crítica Feminista”. Série Anis, 28, Brasília: Letras Livres, p. 1-8, Julho, 2003.

FIETZ, Helena. Construindo futuros, provocando o presente: cuidado familiar, moradias assistidas e temporalidades na gestão cotidiana da deficiência intelectual no Brasil. Porto Alegre, tese de doutorado, UFRGS, 2020.

GAVÉRIO, Marco Antônio. Estranha Atração: A Criação de Categorias Científicas para Explicar os Desejos pela Deficiência. São Carlos, dissertação de mestrado, UFSCar, 2017.

GAVÉRIO, Marco Antonio. "Que Corpo Deficiente é Esse?": Notas Sobre Corpo e Deficiência nos Disability Studies. São Carlos, trabalho de conclusão de curso, UFSCar, 2014.

GESSER, Marivete; BLOCK, Pamela; MELLO, Anahí Guedes de. “Estudos da deficiência: interseccionalidade, anticapacitismo e emancipação social”. In: GESSER, Marivete (org.). Estudos da deficiência: anticapacitismo e emancipação social. Curitiba: CRV, 2020.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Organizado por Flávia Rios e Márcia Lima. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

GONZALEZ, Lélia. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, [1984] 2019. pp. 237-258

GONZALEZ, Lélia. Lélia Gonzalez: primavera para as rosas negras. Organizado pela União dos Coletivos Pan-Africanistas. São Paulo: UCPA Editora, 2018.

GONZALEZ, Lélia; HASENBALG, Carlos. Lugar de negro. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.

GOULD, Stephen Jay. A falsa medida do homem. São Paulo: Martins Fontes, [1980] 1991.

HENNING, Carlos Eduardo. “Interseccionalidade e pensamento feminista: as contribuições históricas e os debates contemporâneos acerca do entrelaçamento de marcadores sociais da diferença”. Mediações, Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 20, n. 2, p. 97, 2015.

HIGA, Laís Miwa. “Afinal, quem é o brasileiro? Família e identidades politizadas por meio de histórias e memórias sobre as presenças okinawana e japonesa no Brasil”. In: SANTOS, Thiago Haruo; ABREU, Henrique Trindade (orgs.). Afinal, o que é o brasileiro? São Paulo: Museu da Imigração do Estado de São Paulo, 2022, p. 18-39.

HIGA, Laís Miwa. “Feminismo asiático – ‘Eu achava que era branca’”. In: Anais da XIII RAM - Reunião de Antropologia do Mercosul. Porto Alegre, XIII RAM, 2019.

HIGA, Laís Miwa. Umi nu Kanata – do outro lado do mar: história e diferença na “comunidade okinawana-brasileira”. São Paulo, dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, 2015.

HIGA, Laís Miwa; TANIGUTI, Gustavo. “Perigo Amarelo”. In: RIOS, Flavia; SANTOS, Marcio André de Oliveira; RATTS, Alex (orgs.). Dicionário das Relações Étnico-Raciais. São Paulo: Perspectiva, 2023. pp. 265-269.

HIRATA, Helena e KERGOAT, Danièle. “A Classe Operária Tem Dois Sexos”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 2, n. 3, pp. 93-100, 1994.

INGSTAD, Benedicte; e WHYTE, Susan Reynolds (Orgs.). Disability and Culture. Berkeley e Los Angeles: University of California Press, 1995.

INGSTAD, Benedicte; e WHYTE, Susan Reynolds (Orgs.). Disability in Local and Global Worlds. Berkeley e Los Angeles: University of California Press, 2007.

KEEVAK, Michael. Becoming yellow: a short history of racial thinking. Princeton: Princeton University Press, 2011.

LEE, Caroline Ricca; MANGHIRMALANI, Juily; HIGA, Laís Miwa. “Narrativas asiáticas brasileiras: identidade, raça e gênero”. In: LIMA, Emanuel et al. (orgs.). Ensaios sobre racismos. 1ed.São Paulo: Balão Editorial, 2019, p. 126-134.

LESSER, Jeffrey. Immigration, ethnicity, and national identity in Brazil, 1808 to the present. Nova York, Cambridge University Press, 2013.

LOBO, Lilia Ferreira. Os infames da história: pobres, escravos e deficientes no Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.

LOPES, Pedro. “Deficiência na cabeça: convite para um debate com diferença”. Horizontes Antropológicos, 28 (64): pp. 297-330, 2022.

LOPES, Pedro. Deficiência na Cabeça: percursos entre diferença, síndrome de Down e a perspectiva antropológica. São Paulo, tese de doutorado, USP, 2020.

LOPES, Pedro. “Deficiência como categoria do Sul Global: primeiras aproximações com a África do Sul”. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 3, e66923, 2019.

LOPES, Pedro. Negociando Deficiências: identidades e subjetividades entre pessoas com “deficiência intelectual”. São Paulo, dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, 2014.

LYMAN, Stanford M. “The “Yellow Peril” Mystique: Origins and Vicissitudes of a Racist Discourse”. International Journal of Politics, Culture and Society, v. 13, n. 4. Human Sciences Press, Inc., 2000.

McRUER, Robert. Crip Theory: Cultural Signs of Queerness and Disability. Nova York: New York University, 2006.

MELLO, Anahí Guedes de. Gênero, Deficiência, Cuidado e Capacitismo: uma análise antropológica de experiências, observações e narrativas sobre violências contra mulheres com deficiência. São Carlos, dissertação de mestrado, UFSC, 2014.

MELLO, Anahí Guedes de. Deficiência, incapacidade e vulnerabilidade: do capacitismo ou a preeminência capacitista e biomédica do Comitê de Ética em Pesquisa da UFSC. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 10, pp. 3265-3276, 2016.

MELLO, Anahí Guedes de & NUERNBERG, Adriano Henrique. “Gênero e deficiência: interseções e perspectivas”. Revista Estudos Feministas, v.20, n.3, pp. 635-655, 2012.

MOUTINHO, Laura. “Diferenças e desigualdades negociadas: raça, sexualidade e gênero em produções acadêmicas recentes”. Cadernos Pagu, n.42, p.201-248, 2014.

OKIHIRO, Gary Y. Margins and Mainstreams: Asians in American History and Culture. Seattle: University of Washington Press, 1994.

PISCITELLI, Adriana. “Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras”. Sociedade e Cultura, v. 11, n. 2, p. 263-274, 2008.

RIOS, Flávia; e RATTS, Alex (Alecsandro José Prudêncio Ratts). “A perspectiva interseccional de Lélia Gonzalez”. In: CHALHOUB, Sidney; e PINTO, Flávia Magalhães (Orgs.). Pensadores Negros-Pensadoras Negras do século XIX e XX. Belo Horizonte: Traço Fino, 2016, pp. 387-402.

RIOS, Flávia; e SOTERO, Edilza. Gênero em perspectiva interseccional. Plural, Revista do Programa de Pós‑Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v. 26, n. 1, pp.1-10, 2019.

SAID, Edward. Orientalismo: o oriente como invenção do Ocidente. São Paulo. Companhia das Letras, [1978] 2007.

STOLCKE, Verena. Marriage, Class and Colour in Nineteenth-Century Cuba. A Study of Racial Attitudes and Sexual Values in a Slave Society. Michigan: The University of Michigan Press, [1974] 1989.

WU, Ellen D. The Color of Success: Asian Americans and the Origins of the Model Minority. Princeton: Princeton University Press, 2014.

Published

2024-12-06

How to Cite

Lopes, P., & Higa, L. M. (2024). Do Gender, Class, and Race Have Disability? Asian-Brazilian Histories and Activisms. Revista Estudos Feministas, 32(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2024v32n3101151

Issue

Section

Seção Temática Estudos Feministas da Deficiência: diálogos interseccionais

Similar Articles

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.