Feminist research and prostitution: weaving networks of solidarity and struggle

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n377661

Keywords:

Feminisms, social change, sex work

Abstract

This paper presents epistemological and methodological reflections, brought about by my long experience studying female prostitution. I explain the option for research and intervention processes not restricted to data gathering or other techniques, but built upon networks of solidarity and common struggles. My perspective is interdisciplinary, feminist, situated, and inspired by Community Psychology and Ethnography. I posit that we ought to showcase the ethical and political tenets that sustain our researches and work alongside the sex workers, to collectively build knowledge and bring
about social change.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Letícia Cardoso Barreto, Universidade Federal de Santa Catarina

Letícia Cardoso Barreto é doutoranda do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sendo bolsista financiada pela CAPES, desenvolvendo pesquisa sobre conjugalidade entre profissionais do sexo. É mestre em Psicologia, com área de concentração em Psicologia Social, e psicóloga pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Possui experiência profissional em ensino em psicologia; pesquisa; atendimento psicossocial; mapeamento e diagnóstico psicossocial; identificação e capacitação de lideranças; promoção, facilitação e análise de grupos focais.

References

ANZALDÚA, Gloria. “Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro

mundo”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 1, p. 229-236, 1º semestre 2000.

BANDEIRA, Lourdes. “A contribuição da crítica feminista à ciência”. Revista Estudos Feministas,

Florianópolis, v. 1, n. 6, p. 207-230, abril 2008.

BARRETO, Letícia Cardoso. Somos sujeitas políticas de nossa própria história: Prostituição e

feminismos em Belo Horizonte. 2015. Tese de Doutorado (Ciências Humanas, estudos de gênero). – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

BARRETO, Letícia Cardoso; ROSA, Débora Diana da; MAYORGA, Claudia. “Comunidades sujas de lama: da destruição à ressignificação e à resistência em Mariana/MG”. Psicologia & Sociedade, v. 32, 2020.

BLANCHETTE, Thaddeus Gregory; SILVA, Ana Paula da. “O mito de Maria, uma traficada exemplar: Confrontando leituras mitológicas do tráfico com as experiências de migrantes brasileiros, trabalhadores do sexo”. Revista Interdisciplinar Mobilidade Humana, n. 37, p. 79-105, 2011.

BLEE, Kathleen; TAYLOR, Verta. “Semi-structured interviewing in social movements research”. In: KLANDERMANS, Bert; STAGGENBORG, Suzanne (Orgs.). Methods of social movement research. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2002.

BOCK, Ana Mercês Bahia. “Psicologia e sua ideologia: 40 anos de compromisso com as elites”.

In: BOCK, Ana Mercês Bahia (Org.). Psicologia e o compromisso social. São Paulo: Cortez, 2003. p. 15-28.

BOCK, Ana Mercês Bahia et al. “Sílvia Lane e o projeto do ‘Compromisso social da Psicologia’”.

Psicologia & Sociedade, v. 19, n. 2, p. 46-56, 2007.

BRAZ, Camilo Albuquerque de. “‘Mas agora confessa...’: Notas sobre clubes de sexo masculinos”. Sexualidad, Salud y Sociedad – Revista Latinoamericana, Rio de Janeiro, v. 4, n. 4, p. 127-156, 2010.

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. “O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever”. In: CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto (Org.). O trabalho do antropólogo. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista/Paralelo 15, 2000. p. 17-35.

CICOUREL, Aaron. “Teoria e método em pesquisa de campo”. In: GUIMARÃES, Alba Zaluar (Org.). Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990. p. 87-121.

CLIFFORD, James. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de

Janeiro: Editora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1998.

COIMBRA, José de Ávila Aguiar. “Considerações sobre a interdisciplinaridade”. In: PHILIPPI JR.,

Arlindo (Org.). Interdisciplinaridade em ciências ambientais. São Paulo: Signus, 2000. p. 52-70.

DAGENAIS, Huguette. “Méthodologie féministe et anthropologie: une alliance possible”.

Anthropologie et Sociétés, v. 11, n. 1, p. 19-44, 1987.

DOMINGUES, Roberto Chateaubriand. “Profissionais do sexo: De objetos de intervenção a agentes de transformação”. In: SILVA, Rodrigo Guimarães (Org.). Ação e vida: Respostas à epidemia de HIV/AIDS em Belo Horizonte. Belo Horizonte: Secretaria Municipal de Saúde, 1996. p. 65-84.

DURHAM, Eunice. A reconstituição da realidade. São Paulo: Ática, 1978.

FONSECA, Claudia. “A dupla carreira da mulher prostituta”. Revista Estudos Feministas,

Florianópolis, v. 4, n. 1, p. 7-33, 1996.

FONSECA, Claudia. “Quando cada caso não é um caso: pesquisa etnográfica e educação”.

Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 10, p. 58-78, 1999.

FOOTE-WHYTE, William. “Treinando a observação participante”. In: GUIMARÃES, Alba Zaluar (Org.). Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980. p. 77-86.

FREITAS, Renan Springer de. Bordel, bordéis: negociando identidades. 1 ed. Petrópolis: Vozes,

GASPAR, Maria Dulce. Garotas de programa: prostituição em Copacabana e identidade social.

ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

GROSSI, Miriam Pillar. “A dor da tese”. Ilha: revista de antropologia, Florianópolis, v. 6, n. 1, p.

-228, 2004.

HARAWAY, Donna. “Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial”. Cadernos Pagu, Campinas, v. 5, n. 5, p. 7-41, 1995.

HARDING, Sandra. Ciencia y feminismo. 1 ed. Madrid: Morata, 1996.

JULIANO, Dolores. “El peso de la discriminación: debates teóricos y fundamentaciones”. In:

OSBORNE, Raquel (Org.). Trabajadoras del sexo: derechos, migraciones y tráfico en el siglo XXI. Barcelona: Bellaterra, 2004. p. 43-55.

LEITE, Gabriela. “Entrevista com Gabriela Leite”. Democracia Viva, p. 42-57, 2006.

LEITE, Gabriela. Filha, mãe, avó e puta: a história de uma mulher que decidiu se prostituir. Rio

de Janeiro: Objetiva, 2009.

LENOIR, Yves; HASNI, Abdelkrim. “La interdisciplinaridad: por un matrimonio abierto de la razón, de la mano y del corazón”. Revista Íbero Americana de Educação, n. 35, 2004.

MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do pacífico ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanésia. São Paulo: Abril Cultural, 1976.

MARCUS, George. “Afterword: ethnographic writing and anthropological careers”. In: CLIFFORD, James; MARCUS, George (Orgs.). Writing cultures: the poetics and politics of ethnography. Berkeley, Los Angeles and London: University of California Press, 1986. p. 262-266.

MAYORGA, Claudia. “Algumas contribuições do feminismo à Psicologia Social Comunitária”.

Athenea Digital, v. 14, n. 1, p. 221-236, 2014.

MEDEIROS, Regina. “O Bonfim da Prostituição: a presença ambivalente do outro”. In: MEDEIROS, Regina (Org.). Permanências e mudanças em Belo Horizonte. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. p. 49-112.

MOIRA, Amara. “Prefácio: prostituindo saberes”. In: PRADA, Monique (Org.). Putafeminismo. São Paulo: Veneta, 2018. p. 11-15.

MONTERO, Maritza. Introducción a la psicología comunitaria: Desarrollo, conceptos y procesos. 3 reimpreed. Buenos Aires: Paidós, 2008.

MORAES, Aparecida. Mulheres da Vila: prostituição, identidade social e movimento associativo. Petrópolis: Vozes, 1996.

MORENA, Fernanda. “Questões da prostituição segundo as prostitutas: Puta Dei, o Dia Internacional das Prostitutas, debate regulamentação da profissão na assembleia gaúcha”. Carta Capital, São Paulo, 2015. Disponível em http://www.cartacapital.com.br/sociedade/questoes-da-prostituicaosegundo-as-prostitutas-7420.

MORIN, Edgar. “Epistemologia da complexidade”. In: SCHNITMAN, Dora Fried (Org.). Novos

paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p. 274-289.

NEVES, Sofia; NOGUEIRA, Conceição. “Metodologias feministas: a reflexividade ao serviço da

investigação nas Ciências Sociais”. Psicologia: Reflexão e crítica, v. 18, n. 3, p. 408-412, 2005.

NOGUEIRA, Conceição. Interseccionalidade e psicologia feminista. Salvador: Devires, 2017.

OLIVAR, José Miguel Nieto. Guerras, trânsitos e apropriações: Políticas da prostituição feminina a partir das experiências de quatro mulheres militantes em Porto Alegre. 2010. Doutorado (Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

OLIVEIRA, Eleonora Menicucci de. “O feminismo desconstruindo e reconstruindo o conhecimento”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 16, n. 1, p. 229-245, 2008. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000100021.

OSBORNE, Raquel. La construcción sexual de la realidad: un debate en la sociología contemporánea de la mujer. 2 ed. Madrid: Cátedra, 2002.

PASINI, Elisiane. “Limites simbólicos corporais na prostituição feminina”. Cadernos Pagu, Campinas, v. 14, n. 14, p. 181-200, 2000.

PEIRANO, Mariza. A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995.

PERLONGHER, Néstor. O negócio do michê. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2008.

PERLONGHER, Néstor. “Territórios marginais”. In: GREEN, James; TRINDADE, Ronaldo (Orgs.).

Homossexualismo em São Paulo e outros escritos. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 2005. p. 263-290.

PISCITELLI, Adriana. “Entre as ‘máfias’ e a ‘ajuda’: a construção do conhecimento sobre tráfico de pessoas”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 31, p. 29-63, 2008a.

PISCITELLI, Adriana. “Feminismos e prostituição no Brasil: Uma leitura a partir da antropologia

feminista”. Cuadernos de Antropología Social, v. 36, p. 16, 2012.

PISCITELLI, Adriana. “Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras”. Sociedade e Cultura, v. 11, n. 2, p. 263-274, 2008b.

PISCITELLI, Adriana. Trânsitos: Brasileiras nos mercados transnacionais do sexo. Rio de Janeiro: Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013.

PRADA, Monique. Putafeminista. São Paulo: Veneta, 2018.

RAMAZANOGLU, Caroline; HOLLAND, Janet. Feminist methodology: Challenges and choices.

London: Thousand Oaks; New Delhi, Singapore: Sage Publications, 2002.

SCOTT, Joan W. “A experiência”. In: SILVA, Alcione Leite da; LAGO, Mara Coelho de Souza; RAMOS, Tânia Regina de Oliveira (Orgs.). Falas de Gênero. Florianópolis: Mulheres, 1999. p. 21-55.

SEDGWICK, Eve Kosofsky. “A epistemologia do armário”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 28, p. 19-54, 2007.

SIMÕES, Soraya Silveira. Vila Mimosa: etnografia da cidade cenográfica da prostituição carioca. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 2010.

SPIVAK, Gayatri. “¿Puede hablar el subalterno?”. Revista Colombiana de Antropologia, Bogotá,

n. 39, p. 297-364, 2003.

SPIVAK, Gayatri. “Quem reivindica a alteridade”. In: BUARQUE DE HOLLANDA, Heloísa (Org.).

Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p.

-205.

VELHO, Gilberto. “Observando o familiar”. In: NUNES, Edson de Oliveira (Org.). A aventura

sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. p. 36-45.

ZALUAR, Alba. A máquina e a revolta: as organizações populares e o significado da pobreza.

São Paulo: Brasiliense, 1994.

Published

2022-12-14

How to Cite

Barreto, L. C. (2022). Feminist research and prostitution: weaving networks of solidarity and struggle. Revista Estudos Feministas, 30(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n377661

Issue

Section

Artigos Temáticos Mulheres em Pesquisas

Similar Articles

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.

Most read articles by the same author(s)