A presença da colonialidade no cinema feminista latino-americano
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n180240Palavras-chave:
cinema, colonialismo, colonialidade, feminismo, América LatinaResumo
Este artigo investiga de que forma a colonialidade está presente em algumas narrativas desenvolvidas pelo cinema feminista latino-americano produzido entre os anos 1960 e 1970, a partir da análise de três filmes: Araya, de Margot Benacerraf (Venezuela, 1959), De cierta manera, de Sara Gómez (Cuba, 1974) e A propósito de la mujer, de Kitico Moreno (Costa Rica, 1975). Em diálogo com teóricas feministas e com a perspectiva decolonial latino-americana, nosso objetivo é compreender como os filmes, entendidos como atos de resistência, refletem sobre o colonialismo do passado e do presente, em especial através do pensamento de María Lugones (2008; 2019).
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