Quando do Grito se faz Poesia: Tradução d’os Crimes de Putumayo
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2022.e91672Palavras-chave:
Tradução, Putumayo, Genocídio de Indígenas, Economia da BorrachaResumo
Este estudo se refere ao primeiro capítulo do processo judicial acerca dos crimes perpetrados por seringalistas instalados na região amazônica do Putumayo, no Perú, durante a década de 1910, que gerou o livro El Proceso de Putumayo y sus secretos inauditos (Iquitos, Perú: CETA,
2004). O autor Carlos A. Valcárcel, primeiro juiz do processo, produz um texto final que vai além da perspectiva do jurisconsulto e imprime a visão humanista coadunada com o alvorecer do século XX. O capítulo sob tradução para este estudo – Os crimes de Putumayo – é construído por um discurso que francamente assume postura de indignação em razão da
deslavada irresponsabilidade e omissão do sistema penal peruano, o que provocou a impunidade dos criminosos e a única penalidade histórica, dos próprios indígenas que sofreram genocídio. Por isso, a tradução deste capítulo revela a quebra evidente do discurso objetivo judiciário e nos mostra um autor-juiz francamente tomada por opinião e indignação.
Referências
Bonet, Elena Soler. Caucho y genocidio: “Los indios del Putumayo”, de Roger Casement. Barcelona: Facultat de Traducció i d’Interpretació, Universitat Autònoma de Barcelona, 2016.
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Valcárcel, Carlos A. El proceso de Putumayo y sus secretos inauditos. Iquitos: CETA, 2004.
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