A língua do tradutor e os intraduzíveis de Benveniste: as Dernières leçons no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2024.e99172Palavras-chave:
tradução, intraduzíveis, Émile Benveniste, línguas, processo de traduçãoResumo
Este artigo busca refletir sobre a tradução brasileira da obra Dernières leçons [Últimas aulas], do linguista Émile Benveniste, a partir da noção de “intraduzíveis”, elaborada por Barbara Cassin, em articulação com a ideia proposta pelo próprio Benveniste, apresentada em um artigo de 1958, intitulado “Categorias de pensamento e categorias de língua”, de que a análise de uma língua – e incluímos aí a tradução dessa língua – não exclui que esse tipo de estudo (a tradução) leve em conta a língua de quem produz a análise (ou a tradução). Desse conjunto de ideias, propõe-se que o tradutor, entendido como falante de uma língua, tem papel constitutivo do processo de tradução. A ideia, também, é ver em que medida a transmissão operada pela tradução do texto de Benveniste para a língua portuguesa interfere no pensamento transmitido. Por fim, analisam-se algumas particularidades da tradução brasileira da obra de Benveniste à luz do referencial construído.
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