Estudo de caso e pesquisa-ação: semelhanças e distinções entre os métodos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8077.2023.e80766

Palavras-chave:

Estudo de caso, Pesquisa-ação, Métodos qualitativos de pesquisa

Resumo

O estudo de caso é um método recomendado para pesquisas que requerem análise aprofundada do objeto de estudo, com muitos elementos e categorias envolvidas. Já a pesquisa-ação pressupõe uma prática, uma intervenção no contexto estudado para resolver determinado problema. Usualmente, encontramos a classificação equivocada desses métodos ou uma mistura de suas definições. Afinal, quais são suas principais características? Por que são confundidos? O que possuem de semelhança e diferença? Para responder essas questões, analisamos esses métodos a partir de pesquisa bibliográfica, elaborando um quadro comparativo que permitiu constatar semelhanças e distinções entre ambos. Entre as diferenças, destacam-se os objetivos de cada método, o papel do pesquisador, as abordagens de tema, problema e objeto de estudo, e as relações com demais atores ou contexto de estudo. As etapas para sua condução são distintas, assim como a articulação entre teoria e prática. Considerando que as características identificadas em cada método, assim como suas relações, tiveram referenciais teóricos como fonte de pesquisa, entendemos que a contribuição deste artigo está na possibilidade de explorarmos, a partir dele, a prática e as percepções de pesquisadores no que diz respeito a sua aplicação. Desse modo poderíamos contribuir para superar algumas das controvérsias em torno da identidade de cada método. Além disso, consideramos que o esforço empreendido para entender suas semelhanças e distinções pode contribuir para definições metodológicas mais sólidas e coerentes na produção científica, quando se busca o alinhamento entre os propósitos da pesquisa e os melhores caminhos epistemológico-técnicos para desvendar o fenômeno a ser explorado.

Biografia do Autor

Patricia Rodrigues da Rosa, Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS)

Doutora em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC/2022). Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2006). Bacharel em Administração pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC/2002). É professora de Administração e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade (NEPGS) no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Canoas. Foi professora na Universidade de Caxias do Sul (UCS/2007-2010) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2005-2010). Tem interesse nas áreas de Administração Pública, Organizações, Epistemologia/Metodologia Científica e Estudos Feministas.

Fernando Zatt Schardosin, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Doutor em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC/2021). Mestre em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela UNIOESTE (2011). Especialista em Administração Financeira, Contábil e Controladoria pelo Inbrape/UNIVEL (2006). Graduado em Administração pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO/2004) e Tecnólogo em Gestão Pública pelo IFPR (2011). Administrador na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Docente do Departamento de Administração e do Programa de Educação a Distância da UNICENTRO. Perito na Justiça do Estado do Paraná. Pesquisador em Redes Colaborativas Organizacionais, membro da Agência de Inovação (AGIITEC/UFFS), da Society of Collaborative Networks (SOCOLNET) e da Red Cidir.

Graziela Dias Alperstedt, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Pós-doutora pela Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (EAESP) e pelo Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas (UFSC). Doutora em Engenharia de Produção e Sistemas (UFSC) e Mestre em Administração (UFSC). Graduada em Administração (UDESC). Professora Titular da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na graduação em Administração e nos Programas de Pós-Graduação Profissional e Acadêmico em Administração no Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (ESAG). É coordenadora do Laboratório de Educação em Organizações, Sustentabilidade e Inovação Social e Pesquisadora no Athena – Laboratório de Estudos em Organizações, Inovação e Colaboração.

Simone Ghisi Feuerschütte, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Doutora em Engenharia de Produção e Sistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/2006). Mestre em Administração pela Universidade Federal Santa Catarina (UFSC/1996). Graduada em Serviço Social na Fundação Educacional do Sul de Santa Catarina (FEESC/UNISUL/1981). É Professora Titular da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando nos Programas de Pós-Graduação Acadêmico e Profissional e no Curso de Administração Pública do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (ESAG). É vinculada ao Athena – Laboratório de Estudos em Organizações, Inovação e Colaboração. Tem interesse nas áreas de Administração Pública, Subjetividade nas Organizações, Métodos Qualitativos em Administração e Gestão de Pessoas.

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Publicado

10-01-2024

Como Citar

Rosa, P. R. da, Zatt Schardosin, F., Dias Alperstedt, G., & Ghisi Feuerschütte, S. (2024). Estudo de caso e pesquisa-ação: semelhanças e distinções entre os métodos. Revista De Ciências Da Administração, 25(65), 1–17. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2023.e80766

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