What is taught in gender studies in Portugal: a bibliometric analysis of the syllabi

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1518-2924.2022.e87522

Keywords:

Gender Studies, Programmatic contents, Higher Education, Bibliometrics

Abstract

Objective: To map and identify bibliographic referencing patterns in the syllabi of master’s and Ph.D. courses in Women's, Gender, and Feminist Studies (WGFS) offered by Portuguese Public Universities

Methods: Bibliometric analysis of the 448 references listed in the 84 course units that make up the three doctoral and four master's degree programs in WGFS, running in the 2021-22 academic year.

Results: The most commonly used references in the analyzed courses are books published from the 1990s onwards, with a preponderance of individual authorship. The national bibliographic production is prevalent, although there is a significant weight of references published in other countries of Europe and North America, especially in English-speaking countries and by anglophone authors. The profile of references is diverse, in terms of the disciplinary origin of the authors, although essentially limited to the social sciences and humanities. Similarly, the themes addressed are diversified, with particular emphasis given to the problems of Identities and Sexualities, in which the dialogue with the areas of natural sciences is more present.

Conclusions: The study allows us to delineate a profile of the WGFS training offer currently available in Portugal eminently theoretical, markedly post-structuralist, interdisciplinary, with remarkable opines to the debates conducted in other countries, but with scarce representation of works and authors from the Global South, reflecting the Anglo-Eurocentrism of the currently recommended bibliographies.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Caynnã de Camargo Santos, Universidade de Coimbra

Caynnã Santos é Doutor em Sociologia pela Universidade de Coimbra, Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo, no Programa de Estudos Culturais, e licenciado pela Universidade de São Paulo. Atualmente é Investigador no Centro de Estudos Sociais, integrando o projeto "ENGENDER: Integração dos Estudos de Género nos curricula e práticas pedagógicas no ensino público universitário em Portugal". Atuou como Tutor em curso de Pós-graduação em Gênero e Diversidade na Escola oferecido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Também realizou Estágio Supervisionado em Docência na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP). Tem desenvolvido sua investigação e publicado nas áreas de Estudos sobre as Mulheres, de Gênero e Feministas, atuando principalmente nos seguintes temas: sociologia das relações de gênero, teorias feministas pós-estruturalistas, teorias queer, corpo, novos materialismos feministas e realismo agencial.

Mónica do Adro Lopes, Universidade de Coimbra

Mónica Lopes é investigadora do Centro de Estudos Sociais (CES). Doutorada em Sociologia, na área da Avaliação, pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e Mestre em Políticas Sociais pela mesma instituição. Os seus interesses de investigação incluem relações sociais de sexo/género, políticas de igualdade entre mulheres e homens, avaliação (de impacto), políticas sociais e terceiro sector. No âmbito da atividade desenvolvida no CES, tem participado em diversos projetos de investigação, de investigação-ação e de avaliação sobre (igualdade de) género. Mais recentemente integrou a equipa do projeto Local Gender Equality: mainstreaming de género nas comunidades locais, financiado pela CIG através dos EEAGRANTS, no âmbito do qual foram produzidos instrumentos e ferramentas para a transversalização da igualdade de género na vida local e seus diversos atores. Atualmente é a coordenadora portuguesa no consórcio H2020 "SUPERA - Supporting the Promotion of Equality in Research and Academia" e Co-coordenadora do Projeto "ENGENDER: Integração dos Estudos de Género nos curricula e práticas pedagógicas no ensino público universitário em Portugal", financiado pela FCT.

Cristina Coimbra Vieira, Universidade de Coimbra

Cristina C. Vieira é Licenciada em Psicologia e Doutorada em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, onde é Professora Associada. Tem mais de três décadas de experiência de docência universitária, na área das metodologias de investigação científica. É membro integrado do Centro de Investigação em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária (CEAD) da Universidade do Algarve. Integra a Direção da Sociedade Europeia para a Investigação em Educação de Adultos (ESREA), da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação (SPCE) e da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres (APEM). Faz parte do Conselho Nacional de Educação como representante das organizações não-governamentais de mulheres (ONGM). Participa com regularidade com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) em painéis de avaliação de projetos e de candidaturas a bolsas de investigação, na área de Ciências da Educação.

 

Virgínia Ferreira, Universidade de Coimbra

Doutorada em Sociologia pela Universidade de Coimbra; Professora Associada da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC); Investigadora Permanente do CES. Tem estudado o modo como as relações sociais de sexo se expressam em vários fenómenos e processos e estruturas sociais, tendo em conta, nomeadamente: as mudanças económicas e políticas; a regulação do mercado de trabalho; as transformações tecnológicas; os regimes de bem-estar e outras instituições sociais; e as atitudes e práticas das mulheres e dos homens no trabalho, no emprego e na esfera doméstica. Recorrendo, sobretudo, a métodos de pesquisa qualitativa, mas também quantitativa, tem dado especial atenção à feminização das profissões, às transformações nos padrões de segregação sexual do emprego, em geral, e à evolução das políticas públicas de promoção da igualdade de mulheres e homens. Membro do Conselho Editorial de algumas revistas nacionais e internacionais, é membro fundadora da Associação Portuguesa de Estudos Sobre as Mulheres. Desde 2004 que é membro da European Commission Expert Group on Gender and Employment. A sua obra publicada inclui artigos e ensaios em revistas e em coletâneas nacionais e internacionais.

References

ABRAMO, Giovanni; D’ANGELO, Ciriaco Andrea; CAPRASECCA, Alessandro. Gender differences in research productivity: A bibliometric analysis of the Italian academic system. Scientometrics, v. 79, n. 3, p. 517-539, 2009.

BARROSO, Margarida; NICO, Magda; RODRIGUES, Elisabete. Gênero e sociologia: uma análise das desigualdades e dos estudos de gênero em Portugal. Sociologia On Line, n. 4, p. 73-102, set. 2011.

BRAMBILLA, Sônia Domingues Santos; STUMPF, Ida Regina Chittó. Planos de ensino do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: estudo bibliométrico de referências. Transinformação, v. 18, n. 1, p. 37-47, 2006.

CABRITO, Belmiro Gil. O Ensino Superior em Portugal: Percursos Contraditórios. Educativa, v. 14, n. 2, p. 209–227, 2011.

CABRITO, Belmiro Gil; CERDEIRA, Luísa; NASCIMENTO, Ana; MUCHARREIRA, Pedro Ribeiro. O Ensino Superior em Portugal: Democratização e a Nova Governação Pública. Revista Educere Et Educare, v. 15, n. 37, 2020.

CAFÉ, Ligia Maria Arruda; BRÄSCHER, Marisa. Organização da informação e bibliometria. Encontros Bibli: Revista eletrônica De Biblioteconomia E Ciência Da informação, v. 13, n. 1, p. 54-75, 2008.

COLGAN, Jeff. Gender bias in international relations graduate education? New evidence from syllabi. PS: Political Science & Politics, v. 50, n. 2, p. 456-460, 2017.

COLLYER, Fran M. Global patterns in the publishing of academic knowledge: Global North, global South. Current Sociology, v. 66, n. 1, p. 56–73, 2018.

CRONIN, Blaise; MARTINSON, Anna; DAVENPORT, Elisabeth. Women’s studies: Bibliometric and content analysis of the formative years. Journal of Documentation, v. 53, n. 2, p. 123-138, 1997.

DINIZ, Debora; FOLTRAN, Paula. Gênero e Feminismo no Brasil: uma análise da Revista Estudos Feministas. Estudos Feministas, v. 12, p. 245-253, set-dez. 2004.

FERREIRA, Virgínia. Estudos sobre as Mulheres em Portugal – A construção de um novo campo científico. ex ӕquo, n. 5, p. 9-25, 2001.

FERREIRA, Virgínia; VIEIRA, Cristina C.; SILVEIRINHA, Maria João; CARVALHO, Elizângela; FREIRE, Priscila. «Estudos sobre as mulheres» em Portugal Pós-Declaração de Pequim – Estudo bibliométrico das revistas ex æquo e Faces de Eva. ex ӕquo, n. 42, p. 23-56, 2020.

FIGUEIREDO, Nice. Metodologias para promoção do uso da informação: técnicas aplicadas particularmente em bibliotecas universitárias e especializadas. São Paulo: Nobel, 1990.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000.

GARCIA-RAMON, Maria Dolors. Geografías asimétricas del poder en geografía feminista: cuestionando la hegemonía anglosajona. In: SILVA, Joseli; SILVA, Augusto C. Pinheiro da (orgs.). Espaço, gênero e poder: conectando fronteiras. Ponta Grossa: Todapalavra Editora, 2011. p. 105–199.

GOODSON, Ivor. Currículo: teoria e história. Petrópolis: Vozes, 2001.

GRÜNELL, Marianne; KAS, Erna. Modernization and emancipation from above – women´s studies in Portugal. The European Journal of Women’s Studies, v. 2, n. 4, p. 535-545, 1995.

HOPPEN, Natascha Helena Franz; VANZ, Samile Andréa de Souza. What are gender studies: characterization of scientific output self-named gender studies in a multidisciplinary and international database. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, v. 25, p. 01-30, 2020.

LOPES, Mónica; RODRIGUES, Francisco; FONTES, Fernando; COELHO, Lina; FERREIRA, Virgínia. Preliminary gender analysis and baseline assessment of the University of Coimbra. SUPERA: Supporting the Promotion of Equality in Research and Academia, 2019.

MACEDO, Ana Gabriela; PEREIRA, Margarida Esteves. Women and Gender Studies in Portugal, an Overview from an Anglicist Perspective. In: HAAS, Renate (org.). Rewriting Academia: The Development of the Anglicist Women’s and Gender Studies of Continental Europe. Bern/Oxford: Peter Lang, 2015. p. 27-49.

MEADOWS, Arthur Jack. A comunicação científica. Brasília: Briquet de Lemos, 1999.

MESSER-DAVIDOW, Ellen. Disciplining Feminism: From Social Activism to Academic Discourse. Durham, NC: Duke University Press, 2002.

MONK, Janice; GARCIA-RAMON, Maria Dolors. Bridges and Barriers: Some Cartographies of ‘International’ Practice in Gender Studies. Querelles: Jahrbuch für Frauen-und Geschlechterforschung, n. 16, 2013.

PASSOS, Lara de Paula. Gotas de um oceano: uma análise bibliométrica feminista de um curso de graduação. Revista de Arqueologia, v. 30, n. 2, p. 130-144, 2017.

PEREIRA, Maria do Mar. A Institucionalização dos Estudos sobre as Mulheres, de Gênero e Feministas em Portugal no Século XXI: Conquistas, Desafios e Paradoxos. Faces de Eva: Estudos sobre as Mulheres, n. 30, p. 37-53, 2013.

PEREIRA, Maria do Mar. Power, Knowledge and Feminist Scholarship: An Ethnography of Academia. Oxon e Nova Iorque: Routledge, 2017.

RAMALHO, Maria Irene. Os Estudos sobre as Mulheres e o saber. Onde se conclui que o poético é feminista. ex æquo, n. 5, p. 107-122, 2001.

RAMALHO, Maria Irene. SIGMA National Report: Portugal (1995). In: WAALDIJK, Berteke; VAN DER TUIN, Else (org.). The Making of European Women’s Studies IX. Utrecht: Utrecht University, 1995/2009. p. 119-136.

REICHERT, Sybille; TAUCH, Christian (2005). Trends IV: European Universities Implementing Bologna. European University Association, 2005. Disponível em: https://www.eua.eu/downloads/publications/trends%20iv%20european%20universities%20implementing%20bologna.pdf. Acesso em 20 fev. 2022.

SALIH, Sara. Judith Butler e a Teoria Queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Epistemologies of the South: Justice Against Epistemicide. Boulder: Paradigm Publishers, 2014.

SILIUS, Harriet. Women’s employment, equal opportunities and Women’s Studies in nine European countries – a summary. In: GRIFFIN, Gabriele (org.). Women’s Employment, Women’s Studies, and Equal Opportunities 1945–2001. Hull: University of Hull, 2002. p. 15-64.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

SPIVAK, Gayatri C. Can the subaltern speak? In: NELSON, Cary; GROSSBERG, Lawrence (org.). Marxism and the Interpretation of Culture. Londres: Macmillan, 1988. p. 271-313.

TAVARES, Maria Manuela. Feminismos em Portugal (1947-2007). 2008. Tese (Doutorado em Estudos sobre as Mulheres) – Universidade Aberta, Lisboa, 2008.

TSAY, Ming-yueh; LI, Chia-ning. Bibliometric analysis of the journal literature on women’s studies. Scientometrics, v. 113, n. 2, p. 705-734, 2017.

YUN, Bitnari; LEE, June Young; AHN, Sejung. The Intellectual Structure of Women’s Studies: A Bibliometric Study of its Research Topics and Influential Publications. Asian Women, v. 36, n. 2, p. 1-23, 2020.

ZIMMERMANN, Susan. The Institutionalization of Women and Gender Studies in Higher Education in Central and Eastern Europe and the Former Soviet Union: Asymmetric Politics and the Regional-Transnational Configuration. East Central Europe, v. 34, n. 1, p. 131-160, 2007.

Published

2022-12-02

How to Cite

DE CAMARGO SANTOS, Caynnã; DO ADRO LOPES, Mónica; COIMBRA VIEIRA, Cristina; FERREIRA, Virgínia. What is taught in gender studies in Portugal: a bibliometric analysis of the syllabi. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, [S. l.], v. 27, n. 1, 2022. DOI: 10.5007/1518-2924.2022.e87522. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/87522. Acesso em: 10 may. 2024.

Similar Articles

<< < 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.