A interdisciplinaridade na legislação educacional, no discurso acadêmico e na prática escolar do ensino médio: panaceia ou falácia educacional?
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7941.2016v33n1p92Resumo
O discurso da interdisciplinaridade no Brasil tem sido apropriado por grande parte da legislação educacional desde a década de 70 com o sentido de responsabilizá-la por elevar a educação a patamares superiores de qualidade. Na mesma direção, crescem vertiginosamente os trabalhos de pesquisa na área de educação, que apontam a importância da interdisciplinaridade no contexto atual. Por outro lado, tanto esses documentos legais como os meios acadêmicos outorgam ao professor o papel de desenvolver e implementar a interdisciplinaridade na sala de aula. O que se observa em trabalhos de pesquisa que investigam a prática dos professores é que estes se contentam em empreender projetos que julgam interdisciplinares, mas que em sua grande maioria não passam de multidisciplinares, apoiados no senso comum. Este quadro coloca o discurso da interdisciplinaridade com feições de uma falácia educacional. Este trabalho discute a insistência histórica da legislação e do meio acadêmico em tornar este discurso um grande objeto do desejo educacional. Já com relação aos professores, procura localizar as razões pelas quais eles não se aprofundam nessa prática além do senso comum, análise apoiada na epistemologia da prática docente como pensada por Tardif e Lessard, que justifica as ações dos professores com base nas características intrínsecas das situações do trabalho interativo.
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