Organismos geneticamente modificados: a legalização no Brasil e o desenvolvimento sustentável

Autores

  • Alessandra Alvissus de Melo Salles Ultchak Universidade de Taubaté, Taubaté, SP

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2018v15n2p125

Resumo

Análise da legalização dos alimentos transgênico no Brasil diante dos riscos e mecanismos de  controle em relação à produção e comercialização dos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).  Para tanto, realizou-se revisão bibliográfica. A Lei de Biossegurança  nº 11.105  de   24 de março de 2005,  legalizou a produção de OGMs no Brasil,  inicialmente autorizando o plantio da soja geneticamente modificada; desde então, a norma vem sendo adaptada à necessidade de segurança da saúde humana e do meio ambiente. Serão abordadas as deficiências das pesquisas científicas para apuração da segurança do meio ambiente e dos consumidores, assim como a receptividade destes alimentos geneticamente modificados no mercado.  Como o Estado Democrático de Direito é responsável pela tutela do meio ambiente e saúde dos seres humanos,  será analisado o caminho percorrido sob a óptica da  Bioética e Biodireito.  Em suma, discute-se  problemas referentes a insuficiência de pesquisas científicas quanto a   produção de OGMs e segurança alimentar,  os riscos de   exposição do meio ambiente e do homem a um dano irreversível, a necessidade econômica  e tutela do Estado em observância ao desenvolvimento sustentável.

Biografia do Autor

Alessandra Alvissus de Melo Salles Ultchak, Universidade de Taubaté, Taubaté, SP

Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade de Taubaté. Auxiliar docente do Departamento de Ciências Jurídicas na Universidade de Taubaté, Taubaté, SP    

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Publicado

28.05.2018

Edição

Seção

Artigos - Sociedade Meio Ambiente, Migrações e Risco