Mídia e deficiência: uma abordagem interdisciplinar
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2016v13n3p61Resumo
Neste artigo refletimos sobre a abordagem da deficiência física adquirida proposta pela telenovela Viver a Vida (escrita por Manoel Carlos; produzida e veiculadas pela Rede Globo em 2009 e 2010) e o blog Sonhos de Luciana (REDE GLOBO, 2010). Para tanto, analisamos a cena em que Luciana, protagonista desta temática, vai pela primeira vez à praia após ter adquirido a deficiência. Partindo de uma perspectiva interdisciplinar estabelece-se um diálogo entre três áreas de conhecimento: a Comunicação Social (fundamentalmente os Estudos Culturais) que ampara a perspectiva a partir da qual se entende a mídia; a Antropologia, área que contribui com o olhar e a metodologia, a etnografia de tela; e os Disability Studies, que fornecem o embasamento teórico para a análise da deficiência.
Referências
ASHENBURG, Katherine. Passando a limpo: o banho da Roma antiga até hoje. São Paulo: Larousse do Brasil, 2008.
BARBOSA, Andréa; DA CUNHA, Edgar Teodoro. Antropologia e imagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
BAUMAN. Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
BERENI, Laure; CHAUVIN, Sébastien; JAUNAIT, Alexandre; REVILLARD, Anne. Introduction aux études sur le genre. Bruxelles: De Boeck Supérierus s.a, 2012.
BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2007). 4. ed., rev. e atual. – Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2011. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/publicacoes/convencaopessoascomdeficiencia.pdf>. Acesso em: 4 mai. 2014.
CAILLAT, Colbie. Fallin´For you. In: Viver a vida Internacional. Brasil: Som Livre, 2009, 1 CD.Faixa 1.
DINIZ, Débora. O que é deficiência. São Paulo: Brasiliense, 2007.
DOUFOUR, PIERRE. L´ homme en fauteuil: approche de genre Contribution à une sociologie critique du handicap. Université Toulouse 2 Le Mirail, Thèse Sociologie, 2011.
FANTÁSTICO. A cadeirante da vida real que inspira a Luciana de Viver a vida. 2010. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZNgB8PepC0c>. Acesso em: 14 mar. 2014.
FERNANDES, Valdir. Interdisciplinaridade: a possibilidade de reintegração social e recuperação da capacidade de reflexão na ciência. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis. Florianópolis: PPGICH/ UFSC, v.7, n.2, jul/dez. 2010, p. 65-80. Disponível em: . Acesso em: 20 mar. 2011.
GARLAND-THOMSON. Integrating Disability, transforming feminist theory. In: SMITH, Bonnie; HUTCHISON, Beth (Orgs). Gendering disability. United States of America: Rutgers University Press, 2004, pp. 73-103.
______. Integrating Disability, transforming feminist theory. In: Feminist Formations, v. 14, n. 3, 2002, pp. 1-32.
GENNEP, Arnold Van. Los ritos de paso. Madrid: Alianza Editorial, 2008.
GINSBURG, Faye. Não necessariamente o filme etnográfico: traçando um futuro para a antropologia visual. In: ECKERT, Cornélia; MONTE-MÓR, Patrícia (Orgs.). Imagem em foco: novas perspectivas em antropologia. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1999, pp.31-54.
GLOBO.COM. Dia 12 – Lá vem o sol, tchurururu!. Sonhos de Luciana. 2010b. Disponível em: <http://gshow.globo.com/novelas/viver-a-vida/sonhos-de-luciana/platb/?s=dia+12>. Acesso: 12 out 2014.
______. Dia 22 – Dia de luz, festa do sol. Sonhos de Luciana. 2010d. Disponível em: <http://gshow.globo.com/novelas/viver-a-vida/sonhos-de-luciana/platb/?s=dia+22> Acesso: 15 out. 2014.
HUGHES, Bill. Disability and the body. In: BARNES, Colin; OLIVER, Mike; BARTON, Len (Orgs). Disability studies today. United States: Polity press, 2002, pp.58-76.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2009.
LOPES, Maria Immacolata Vassallo de; BORELLI, Silvia Helena Simões; RESENDE, Vera da Rocha. Vivendo com a telenovela: Mediações, recepção, teleficcionalidade. São Paulo: Summus, 2002.
LOPES, Maria Immacolata Vassallo de (Org.) Ficção televisiva no Brasil: temas e perspectivas. São Paulo: Ed. Globo, 2009.
______; BORELLI, Silvia Helena Simões; RESENDE, Vera da Rocha. Vivendo com a telenovela: Mediações, recepção, teleficcionalidade. São Paulo: Summus, 2002.
______. Gênero, Deficiência, Cuidado e Capacitismo: uma análise antropológica de experiências, narrativas e observações sobre violências contra mulheres com deficiência. 2014. f. 154 Dissertação (Mestrado em Antropologia Social). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.
MELLO, Anahí Guedes de. Por uma abordagem antropológica da deficiência: pessoa, corpo e subjetividade. 2009. 85f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais). Universidade Federal de Santa Catarina. 2009.
OLIVER, Michael. Uniderstanding disability: from theory to practice. United Kingdom: Palagrave Macmillan, 2009.
ORTEGA, F. Deficiência, Autismo e Neurodiversidade. In: Ciência & Saúde Coletiva, v.14, n.1, 2009, pp. 67-77.
RIAL, Carmen. Antropologia e mídia: breve panorama das teorias de comunicação. Revista Antropologia em primeira mão. Florianópolis: Programa de Pós Graduação em Antropologia Social, 2004.
SHAKESPEARE, Tom. Disability, Normality, and Difference. In: COCKBURN, Jayne; PAWSON, Michael E. (Orgs). Psycological challenges in obstetrics and gynecology. London: Springer, 2007, pp. 51-59.
THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes, 2011.
TURNER, Victor W. O processo ritual: estrutura e antiestrutura. Petrópolis: Vozes, 1974.
VIVER A VIDA. Autoria: Manoel Carlos. Direção: Adriana Melo, Teresa Lampreia, Maria Rodrigues, Leonardo Nogueira, Frederico Mayrink e Luciano Sabrino. Direção Geral: Jayme Monjardim e Fabricio Mamberti. Período de exibição: setembro 2009 a maio de 2010. Número de capítulos: 209.
WOLF, Mauro. Teorias das comunicações de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a sua publicação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).