Gestores do esporte e visões de política esportiva no Brasil (1937-2016): uma abordagem sociológica

Autores

  • Allan Fernando Zardo Universidade Estadual de Maringá
  • Juliano de Souza Universidade Estadual de Maringá
  • Fernando Augusto Starepravo UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30n53p119

Resumo

Nesse texto, está em pauta a figura dos gestores que ocuparam o cargo máximo da gestão do esporte no país. É traçado um perfil dos mesmos, com o objetivo de identificar os habitus e capitais que foram determinantes para que chegassem a tal posição. Em termos teórico-metodológicos, realizou-se uma investigação documental e bibliográfica, conduzida segundo os pressupostos da sociologia reflexiva de Bourdieu. Dos 27 gestores atuantes nos quase 80 anos em que o esporte no Brasil passou a ser uma questão do Estado, destaca-se que o capital político foi central em suas tomadas de posição. Ressalta-se ainda, a utilização do capital simbólico adquirido frente ao Ministério do Esporte para fins particularistas. 

Biografia do Autor

Allan Fernando Zardo, Universidade Estadual de Maringá

Mestrando em Educação Física no Programa de Pós-Graduação Associado UEM/UEL

Universidade Estadual de Maringá

Maringá, Paraná, Brasil

allan_fzs@hotmail.com

 

 

Juliano de Souza, Universidade Estadual de Maringá

Doutor em Educação Física

Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá

Maringá-PR, Brasil

julianoedf@yahoo.com.br

Fernando Augusto Starepravo, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Possui doutorado em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente é professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) no Paraná/Brasil e do Programa de Pós-graduação Associado em Educação Física UEM-UEL

fernando.starepravo@hotmail.com

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Publicado

2018-04-19

Como Citar

ZARDO, Allan Fernando; SOUZA, Juliano de; STAREPRAVO, Fernando Augusto. Gestores do esporte e visões de política esportiva no Brasil (1937-2016): uma abordagem sociológica. Motrivivência, Florianópolis, v. 30, n. 53, p. 119–133, 2018. DOI: 10.5007/2175-8042.2018v30n53p119. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2018v30n53p119. Acesso em: 25 nov. 2024.

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