Uma tradução de Dom Casmurro na Argentina em 1943: contexto e paratexto
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2024.e96940Palavras-chave:
Literatura brasileira traduzida, Dom Casmurro, Machado de Assis, Argentina, paratextos editoriaisResumo
O objetivo deste artigo é interpretar, através de pesquisa empírica e descritiva, a função e posição sistêmica (Even-Zohar, 1990), que se procurou dar, no espaço cultural argentino, à edição da tradução de Dom Casmurro, de Machado de Assis, publicada em 1943, num momento em que o setor editorial do país passava por uma grande expansão devido à retração da indústria editorial espanhola. Por um lado, a intermediação de diversos agentes da importação no país de chegada, tais como editores, tradutores, ilustradores, críticos e atores estatais, foi considerada na abordagem (Heilbron & Sapiro, 2007); por outro, analisaram-se os paratextos (Genette, 2009), incluindo a ilustração da capa, entendida aqui como transposição intermidiática, e outros elementos icônicos. Por meio dessas análises, verificou-se que a função que se procurou dar à edição da tradução do romance no espaço cultural argentino variou entre a estética, a identitária, a política e a ideológica, segundo a atuação dos agentes.
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