A não-modernidade de Bruno Latour e suas implicações para a Educação em Ciências

Autores

  • Nathan Willig Lima Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Fernanda Ostermann Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Claudio Jose de Holanda Cavalcanti Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7941.2018v35n2p367

Resumo

Neste trabalho propomos a visão não moderna de Bruno Latour como referencial teórico para fundamentar a Educação em Ciências. Apresentamos os conceitos basilares de sua teoria, partindo da Antropologia Simétrica e suas implicações ontológicas. À luz de conceitos como híbridos, redes, mediação e purificação, explicamos o seu posicionamento “não moderno” e interpretamos conclusões polêmicas de A Vida de Laboratório. Trazemos, por fim, uma discussão sobre implicações da visão de Latour para a área da Educação em Ciências, sugerindo quatro pontos principais: a abordagem da ciência em ação, a preocupação com o processo de formação das teorias científicas e não somente a apresentação das teorias “prontas”, a problematização das redes sociotécnicas e a formação de uma comunidade de leitores escritores.

Biografia do Autor

Nathan Willig Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Bacharelado em Física com linha de formação em Física Médica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2014), licenciatura em Física pela Faculdade Avantis (2017) e mestrado em Engenharia e Tecnologia de Materiais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio grande do Sul (2016). Atualmente, é aluno de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem interesse em Estudos da Ciência (Science Studies), Educação em Ciências pela perspectiva Sociocultural e Ensino de Física Quântica.

Fernanda Ostermann, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

É Licenciada em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e tem Mestrado e Doutorado na área de ensino de Física, ambos também pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. De 1989 a 1992, atuou como professora de Física na rede pública estadual de ensino de Porto Alegre. Por concurso público, ingressou como professora, em 1994, no Departamento de Física da UFRGS. Atualmente, ocupa o cargo de Professor Titular e é membro permanente do Programa de Pós-graduação em Ensino de Física. Sob sua orientação a tese intitulada Evasão do ensino superior de Física segundo a tradição disposicionalista em sociologia da educação foi agraciada com o Prêmio CAPES de Tese de 2014. No período de novembro de 2006 a fevereiro de 2010 foi coordenadora do PPG Ensino de Física e, atualmente, é vice-coordenadora (2016-2018). Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (ABRAPEC), de 2015 a 2017 e fez parte da Comissão Organizadora Nacional do XI ENPEC, realizado em Florianópolis, em julho de 2017. Atualmente é presidente da ABRAPEC (biênio 2017-2019). É também coeditora do Caderno Brasileiro de Ensino de Física, membro do Conselho Deliberativo do Instituto Latino-americano de Estudos Avançados – ILEA – e líder de grupo de pesquisa, atuando principalmente nos seguintes temas: perspectiva sociocultural no ensino de Física, formação de professores e ensino de Física Moderna e Contemporânea.

Claudio Jose de Holanda Cavalcanti, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Bacharelado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1989), mestrado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1993) e doutorado em Física pela mesma universidade (2001). Por aprovação em concurso público, desde junho de 2006 é professor adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em regime de dedicação exclusiva. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Modernização Curricular, atuando principalmente nos seguintes temas: inserção de tópicos de Física Moderna e Contemporânea no ensino médio, avaliações em larga escala, métodos mistos de pesquisa e outros temas relevantes em Ensino de Física.

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Publicado

2018-09-14

Como Citar

Lima, N. W., Ostermann, F., & Cavalcanti, C. J. de H. (2018). A não-modernidade de Bruno Latour e suas implicações para a Educação em Ciências. Caderno Brasileiro De Ensino De Física, 35(2), 367–388. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2018v35n2p367

Edição

Seção

História e Filosofia da Ciência

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