O PCB e a criação das Uniões Femininas na cidade do Rio de Janeiro: as comunistas na luta pelo direito das mulheres trabalhadoras à cidade (1945-1948)
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-9222.2022.e87254Palabras clave:
Uniões Femininas, mulheres comunistas, trabalho político femininoResumen
O objetivo deste artigo é apresentar os resultados da pesquisa que evidenciou o empenho de militantes do PCB, sobretudo mulheres, em promover a criação de Uniões Femininas em diversos bairros da cidade do Rio de janeiro entre 1945-1948. Tratava-se de entidades compostas exclusivamente por mulheres, sediadas tanto em regiões periféricas como nas áreas centrais da cidade, que se destinavam a mobilizar donas de casa, empregadas domésticas e demais trabalhadoras em torno de suas reivindicações cotidianas. As Uniões Femininas denunciavam a carestia, organizaram distribuição de alimentos e outras mercadorias solicitadas pelas filiadas, procuraram construir cooperativas de consumo, pressionavam os órgãos públicos para conseguir a construção de escolas, hospitais e para melhorar o abastecimento dos bairros. Além disso, através das Uniões Femininas o PCB procurou envolver as massas femininas pobres nas campanhas eleitorais do período.
Citas
ALEM, Sílvio. Os trabalhadores e a redemocratização: 1942-1948. 1981. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1981.
ALVES, Iracélli da Cruz. Feminismo entre ondas: mulheres, PCB e política no Brasil. 2020. Tese (Doutorado em História) – Instituto de História da Universidade Federal Fluminense, 2020.
BERNARDES, Maria Elena. Laura Brandão: a invisibilidade feminina na política. 1995. Dissertação (Mestrado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1995.
BERNSTEIN, Serge. A cultura política. In: RIOUX; SIRINELLI (org.). Para uma história cultural. Lisboa: Estampa, 1988.
CARONE, Edgar. O PCB (1943-1964). São Paulo: DIFEL, 1982.
DUARTE, Adriano Luiz. Cultura popular e cultura política no após-guerra: redemocratização, populismo e desenvolvimentismo no bairro Mooca, 1942-1973. 2002. Tese (Doutorado em História) – Departamento de História, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002.
DUARTE, Adriano Luiz. “Em busca de um lugar no mundo”: movimentos sociais e política na cidade de São Paulo nas décadas de 1940 e 50. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 21, n. 42, p. 195-219, julho-dezembro de 2008.
DUARTE, Adriano Luiz; FONTES, Paulo. O populismo visto da periferia: ademarismo e janismo nos bairros da Mooca e São Miguel Paulista, 1947-1953. Cadernos do AEL, v. 11, n. 20/21, 2004.
FERREIRA, Jorge. Prisioneiros do Mito: cultura e imaginário político dos comunistas no Brasil (1930-1956). Niterói: EDUFF; Rio de Janeiro: MAUAD, 2002.
FRACCARO, Glaucia. Os direitos das mulheres: feminismo e trabalho no Brasil (1917-1937). Rio de Janeiro: FGV, 2018.
LAZAR, Marc. Forte et fragile, emuable et changeante. La culture politique comunista. In: BERSTEIN, Serge. Les cultures politiques en France. Paris: Le Seuil, 1999.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá (org.). Culturas políticas na História: novos estudos. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2009.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil (1917-1964). São Paulo: Perspectiva/Fapesp, 2002.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. A cultura política comunista: alguns apontamentos. In: MOTTA, Rodrigo Patto Sá; NAPOLITANO, Marcos; CZAJKA, Rodrigo (org.). Comunistas brasileiros: cultura política e produção cultural. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013. p. 15-35.
PAZ, Mariza Campos. Nieta dos campos da paz. Rio de Janeiro: Maud X, 2012.
PINHEIRO, Marcos César de Oliveira. Dos Comitês Populares Democráticos (1945-1947) aos Movimentos de Educação e Cultura Popular (1958-1964): uma história comparada. 2014. Tese de doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2014.
PINHEIRO, Marcos César de Oliveira. O PCB e os Comitês Populares Democráticos da Cidade do Rio de Janeiro (1945-1947). 2007. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
REIS, Daniel Aarão. Entre reforma e revolução: a trajetória do Partido Comunista no Brasil entre 1943 e 1964. In: História do Marxismo no Brasil: partidos e organizações dos anos 1920 aos 1960. Campinas: Unicamp. 2007. v. 5.
RODRIGUES, Cintia; MELO, Hildete Pereira de. La trayectoria de las mujeres comunistas brasileñas: una historia sin contar. In: VALOBRA, Adriana; YUSTA, Mercedes. Queridas camaradas: historias iberoamericanas de mujeres comunistas. Buenos Aires: Miño y Dávila, 2017.
SENA JUNIOR, Carlos Zacarias de. Capítulos de História dos comunistas no Brasil. Salvador: EDUFA, 2016.
SIZILIO, Ricardo José. “Vai Carlos, ser Marighella na vida”: outro olhar sobre os caminhos de Carlos Marighella na Bahia (1911-1945). Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.
SOIHET, Rachel. Feminismos e antifeminismos: mulheres e suas lutas pela conquista da cidadania plena. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013.
SOIHET, Rachel. Do comunismo ao feminismo: a trajetória de Zuleika Alambert. Cadernos Pagu, Campinas, n. 40, p. 169-195, jun. 2013.
TAVARES, Betzaida Mata Machado. Mulheres comunistas: representações e práticas femininas no PCB (1945-1979). 200. Dissertação (Mestrado em História) – Departamento de História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.
TELES, Maria Amélia. Breve história do feminismo no Brasil e outros ensaios. São Paulo: Alameda, 2017.
VINHAS, Moisés. O Partidão: a luta por um partido de massas (1922-1974). São Paulo: Hucitec, 1982.
YUNES, João; RONCHEZEL, Vera Shirley Carvalho. Evolução da mortalidade geral, infantil e proporcional no Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 8, suppl. 0, jun. 1974.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores ceden a la Revista Mundos del Trabajo los derechos exclusivos de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International. Esta licencia permite que terceros remueven, adapten y creen a partir del trabajo publicado, asignando el debido crédito de autoría y publicación inicial en este periódico. Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en este periódico (por ejemplo, publicar en repositorio institucional, en sitio personal, publicar una traducción, o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en este periódico.