Democratização de arquivos em bibliotecas digitais e hemerotecas: um caminho para Histórias ou Micro Histórias da tradução no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2020v40n1p208

Resumo

O presente artigo apresenta, em primeiro lugar, o estado da arte da História da Tradução no Brasil, considerando os projetos de publicações coletivas e os poucos projetos digitais que temos colocado online com a colaboração de alguns colegas, como o Dicionário de Tradutores Literários no Brasil, que foi colocado online em 2005 e que visa mapear tradutores literários no Brasil e definir seu perfil ou ainda o site Mnemosine online desde 2015, que abriga resultados obtidos com pesquisas financiadas pelo CNPq. Em segundo lugar, discuto do acesso às fontes primárias no Brasil, questão crucial das bibliografias, catálogos e acervos disponibilizados para
os pesquisadores que desejam elaborar uma História da Tradução a partir de bases de dados digitais. E finalmente, proponho algumas vias possíveis para escrever a História ou Micro-História da Tradução no Brasil a partir de arquivos digitalizados.

Biografia do Autor

Marie-Hélène Catherine Torres, Universidade Federal de Santa Catarina. (UFSC). Florianópolis, Santa Catarina

É Professora Titular da Universidade Federal de Santa Catarina onde atua na graduação em Letras Estrangeiras e no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução. Atua também como docente permanente na Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal do Ceará (POET/UFC). Possui Pós-Doutorado, com bolsa CAPES pela Universidade de Minas Gerais (2011-2012), Doutorado (com bolsa de 4 anos do CNPq) em Estudos em Tradução - Katholieke Universiteit Leuven (1997-2001), Mestrado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995) e Licenciatura Dupla Português-Francês pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992). Está fazendo um pós-doutorado com bolsa do CNPq na Université Bordeaux Montaigne (2019-2020). Coordenou um projeto de pesquisa com verba do CNPq (2013-2016) sobre antologia e literatura francesa (http://mnemosineantologias.com). Foi coordenadora da Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC de 2003 a 2007; coordenadora da Especialização em Formação de Professores de Tradução Literária de 2008 a 2009, coordenadora do Doutorado Interinstitucional (DINTER) da PGET/UFSC com a UFPB e a UFCG de 2010 a 2014. É atualmente coordenadora do Doutorado Interinstitucional (DINTER) da PGET/UFSC com a UFPA de 2015 a 2019 e coordenadora pela PGET/UFSC do PROCAD-Amazônia 2018-2022. Foi membro da Diretoria da ABRAPT da gestão 2011-2013, vice coordenadora do GT de Tradução da ANPOLL em 2012-2014. É atualmente vice coordenadora do GT de Tradução da ANPOLL para o mandato 2018-2020. Desde 2018, faz parte do projeto de internacionalização Capes/PrInt/UFSC, Tradução, tradição e inovação (Edital 41/2017). Desde 2019, é pesquisadora associada do Centrum voor Literatuur in vertaling/Research Centre for Literature in Translation, da Vrije Universiteit Brussel e Ghent University/ Bélgica e do GIRLUFI/AMERIBER da Universidade de Bordeaux Montaigne. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura e em Tradução, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria e história da tradução, literatura nacional e literatura traduzida, literatura de língua francesa traduzida no Brasil e estudos em tradução. Publicou entre outros Variations sur l´étranger dans les lettres: cent ans de traductions françaises des lettres brésiliennes (2004, pela Artois Presses Université), Literatura Traduzida/Literatura Nacional (em coautoria, pela 7Letras em 2008), o Dicionário de Tradutores Literários do Brasil (em coautoria online), Literatura e tradução : textos selecionados de José Lambert (em coautoria, pela 7Letras em 2011), Traduzir o Brasil Literário : paratexto e discurso de acompanhamento, vol 1 (2011), Traduzir o Brasil Literário : Historia e crítica, vol.2 (2014). Traduziu A tradução e a letra ou o albergue do longínquo de Antoine Berman (1a ed. em 2007 e 2a ed. em 2013), Tradução da Teoria dos Clássicos Francês-Português (em coautoria, Copiart, 2018). É codiretora da Coleção TransLetras desde 2016. É Pesquisadora do CNPq. É também tradutora de obras francesas e de teoria da tradução de língua francesa.

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Publicado

22-01-2020

Como Citar

Torres, M.-H. C. (2020). Democratização de arquivos em bibliotecas digitais e hemerotecas: um caminho para Histórias ou Micro Histórias da tradução no Brasil. Cadernos De Tradução, 40(1), 208–224. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2020v40n1p208

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