Gênero, trabalho e tradução no confronto narrativo entre Luciano Bianciardi e Maria Jatosti
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2023.e92614Palavras-chave:
Luciano Bianciardi, Maria Jatosti, gênero e tradução, autobiografiaResumo
Este artigo propõe um confronto entre dois romances de forte teor autobiográfico, La vita agra (1962), de Luciano Bianciardi, e Tutto d’un fiato (1977), de Maria Jatosti, em que a prática da tradução é tratada como profissão, vínculo interpessoal e definidora de identidades. Nesse embate de narrativas, escritas por um casal conhecido na cena literária italiana da segunda metade do século XX, o foco da análise se concentra na personagem feminina do primeiro romance e na narradora-personagem do segundo. Além de evidenciar a dimensão do gênero nas duas obras, pretende-se propor a leitura da obra de Jatosti como uma intervenção crítica à crítica cultural já reconhecida de Bianciardi.
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