Negociando com escritoras do passado, traduzindo feministas e anti-feministas
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2025.e109674Palabras clave:
feminismo, ética da tradução, memória, Marchesa Colombi, Amalia GuglielminettiResumen
Contribuir para a circulação das obras de mulheres ignoradas pelo cânone misógino ao longo da história, embora seja tarefa consolidada e reconhecida nos Estudos Feministas da Tradução, é fonte de vários desafios. Entre eles, cabe a nós, tradutoras feministas do século XXI, a negociação com a visão de mundo das mulheres que queremos promover. Não é incomum que autoras cujas obras têm qualidade literária inquestionável ou compartilham valores importantes para a justiça social e de gênero, ao mesmo tempo, afirmem ou sugiram valores que ferem a sensibilidade contemporânea, a ideologia política ou o feminismo que defendemos. Este artigo nasce, em especial, das pesquisas e do trabalho de tradução envolvendo textos narrativos de Marchesa Colombi (1840-1920) e Amalia Guglielminetti (1881-1941), duas escritoras de destaque na cena literária italiana do final do século XIX e início do século XX, que acabaram sendo relegadas ao esquecimento. Esses casos serão utilizados para refletirmos sobre alguns dos desafios e possíveis negociações em um processo ainda aberto, sem conclusão, com o estímulo de ideias vindas dos estudos da memória, da teoria literária e da ética da tradução.
Citas
Arriaga Flórez, M. (2018). Introducción. In A. Guglielminetti. Las vírgenes locas (Introducción, edición crítica y traducción de M. Arriaga Flórez, pp. 15–59). Ediciones U. de Salamanca.
Arriaga Flórez, M., & Cerrato, D. (2021). “Las mujeres flor” y otras metamorfosis modernistas en Le vergini folli de Amalia Guglielminetti. Segni e comprensione, 35(100), 62–78. http://doi.org/10.1285/i18285368aXXXVn100p62
Assmann, A. (2011). Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural (P. Soethe, Trad.). Editora da Unicamp.
Berman, A. (2007). A tradução e a letra ou o albergue do longínquo (M.-H. C. Torres, M. Furlan & A. Guerini, Trads.). 7Letras & PGET.
Capuana, L. (1988). Letteratura femminile (A cura di Giovanna Finocchiaro Chimirri). CUECM.
Castro, O. (2017). (Re)examinando horizontes nos estudos feministas de tradução: em direção a uma terceira onda? (B. R. G. Barboza, Trad.). Tradterm, 29, 216–250. https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v29i0p216-250
Castro, O., & Spoturno, M. L. (2022). Feminismos e tradução: apontamentos conceituais e metodológicos para os estudos feministas transnacionais da tradução (M. B. F. Valdez & B. R. G. Barboza, Trads.). Cadernos de Tradução, 42(1), 1–59. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2022.e81122/
Duarte, L. P. (2006). Arte & manhas da ironia e do humor. In L. P. Duarte (Org.), Ironia e humor na literatura (pp. 17–50). PUC Minas & Alameda.
Ferraro, A. (2014). La corsa del levriero. Amalia Guglielminetti nel Novecento Italiano. In A. Guglielminetti (Org.), La Rivincita del Maschio (A cura di Alessandro Ferraro, pp. 7–16). Sagep.
Ferraro, A. (2022). Singolare femminile. Amalia Guglielminetti nel Novecento Italiano. Società Editrice Fiorentina.
Frabotta, B. (2011). “Prima di coricarmi ho voluto scrivermi”. L’ultima estate della Contessa Lara. In M. I. Venzo (Org.), L’ultima estate di Contessa Lara. Lettere dalla Riviera (1896) (pp. 8–27). Viella.
Frye, N. (2014). Anatomia da Crítica: quatro ensaios (M. Martini, Trad.). É Realizações.
Gazzetta, L. (2018). Orizzonti nuovi. Storia del primo femminismo in Italia (1865-1925). Viella.
Gozzano, G., & Guglielminetti, A. (1951). Lettere d’amore. Garzanti. https://www.liberliber.it/online/autori/autori-g/guido-gozzano/lettere-damore/
Guglielminetti, A. (1927). Il pigiama del moralista. Fauno. https://liberliber.it/autori/autori-g/amalia-guglielminetti/il-pigiama-del-moralista/
Guglielminetti, A. (2014). La rivincita del maschio. Sagep.
Marchesa Colombi. (1883). Senz’amore. Alfredo Brigola & C. Editori. https://liberliber.it/autori/autori-m/marchesa-colombi-alias-maria-antonietta-torriani-torelli-viollier/senzamore/
Marchesa Colombi. (1973). Un matrimonio in provincia. Einaudi. https://liberliber.it/autori/autori-m/marchesa-colombi-alias-maria-antonietta-torriani-torelli-viollier/un-matrimonio-in-provincia/
Marchesa Colombi. (2000). La gente per bene de La Marchesa Colombi. Interlinea. https://liberliber.it/autori/autori-m/marchesa-colombi-alias-maria-antonietta-torriani-torelli-viollier/la-gente-per-bene/
Norlock, K., & Pascoe, J. (2025). Feminist Ethics. In E. N. Zalta & U. Nodelman (Eds.), The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Stanford University.
Peterle, P., & Santi, E. (Orgs.). (2025). Cinco poetas italianas na virada do século XIX-XX. 7Letras.
Pierobon, E. (2014). “Fra questi sí e no son di parer contrario”: affermazione di sé e nome d’arte nella Marchesa Colombi. Italian Studies in Southern Africa/Studi d’Italianistica nell’Africa Australe, 12(1), 21–42. https://doi.org/10.4314/issa.v12i1
Pym, A. (2001). Introduction. The Return to Ethics. The Translator, 7(2), 129–138. https://doi.org/10.1080/13556509.2001.10799096
Lobão, J., & Simoni, K. (Orgs.). (2023). Lua em Foice. Autoras italianas de ficção gótica, insólita e de horror (K. Simone & J. Lobão, Trad.). Ex Machina & Sebo Clepsidra.
Tartaglione, M. (2016). Il riso come antidoto al ‘pericolo roseo’ nella narrativa della Marchesa Colombi. Between, 6(12), 1–18. https://doi.org/10.13125/2039-6597/2112
Venuti, L. (2019). Escândalos da tradução: por uma ética da diferença (L. Pelegrin, L. M. Villela, M. D. Esqueda, & V. Biondo, Trads.). Editora da Unesp.
Wilson, P. (2019). Confusione terminologica: “femminismo” ed “emancipazionismo” nell’Italia liberale. Italia Contemporanea, (290), 209–229.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Cadernos de Tradução

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Declaración de Derecho de Autor
Los autores conservan sus derechos de autor y conceden a la revista el derecho a la primera publicación bajo la Licencia Creative Commons Attribution, que permite que se comparta el trabajo reconociéndose la autoría y publicación inicial en esta revista.
Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ej.: publicar en un repositorio institucional o como capítulo de libro, reconociéndose la autoría y publicación inicial en esta revista).
















































