Possíveis percursos no imaginário de estudantes de licenciatura em Física sobre funções e funcionamento da avaliação
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7941.2020v37n2p479Resumo
Dada a complexidade e os múltiplos sentidos que podem ser atribuídos à palavra avaliação, pensada, entre outras possibilidades, enquanto verificação de conhecimento, de disciplina, de controle de valores e atitudes, neste estudo, buscamos compreendê-la a partir de estudos voltados para essa atividade e de noções da análise de discurso pecheutiana. Na parte empírica analisamos respostas, de três licenciandos em quatro anos consecutivos, para a questão: Qual o significado da "prova" (avaliação) para você? Nessa análise buscamos responder a seguinte questão: Como o imaginário, sobre função e funcionamento da prova/avaliação, de estudantes de um curso de formação inicial de professores de física, se modificou ao longo do curso? Os resultados apontam o papel da memória discursiva dos estudantes em seus imaginários.Referências
ALMEIDA, M. J. P. M. Discursos da Ciência e da Escola: ideologia e leituras possíveis. Campinas: Mercado de Letras. 2004. 127 p.
ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em Educação: desafios contemporâneos. Pesquisa em Educação Ambiental, v. 1, n. 1, p. 43-57, 2006. Disponível em:
<http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/pesquisa/article/view/6112/4483>. Acesso em: 14 jan. 2018.
BIANI, R. P.; BETINI, M. E. S. De avaliar a aprendizagem ao avaliar para a aprendizagem: por uma nova cultura avaliativa. Educação, Teoria e Prática, v. 20, n. 35, p. 71-88, 2010.
DANTAS, C. R. S.; MASSONI, N. T.; SANTOS, F. M. T. A avaliação no Ensino de Ciências Naturais nos documentos oficiais e na literatura acadêmica: uma temática com muitas questões em aberto. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 25, n. 95, p. 440-482, 2017.
ENGUITA, M. F. A Face Oculta da Escola: educação e trabalho no capitalismo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
FREITAS, L. C. A lógica empresarial no ensino desmoraliza o professor. Revista Nova Escola, v. 283, 2015. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/8417/a-logica-empresarial-no-ensino-desmoraliza-o-professor#_=_>. Acesso em: 01 jul. 2020.
FREITAS, L. C. Avaliação: para além da "forma escola". Educação, Teoria e Prática, v. 20, n. 35, p. 89-99, 2010.
FREITAS, L. C. Ciclos, Seriação e Avaliação Confronto de Lógicas. São Paulo: Moderna, 2003. 96 p.
FREITAS, L. C. Avaliação: construindo o conceito. Ciência & Ensino, v. 3, p. 16-19, 1997.
FREITAS, L. C. Crítica da Organização do trabalho Pedagógico e da Didática. São Paulo: Papirus Editora, 1995. 287 p.
GARCIA, C. M. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999. 272p.
GARCIA, J. Avaliação e aprendizagem na educação superior. Estudos em Avaliação Educacional, v. 20, n. 43, p. 201-213, 2009.
GRILLO, M. C.; LIMA, V. M. Especificidades da avaliação que convém conhecer. In: GRILLO, M. C.; GESSINGER, R. M. Por que falar ainda em avaliação? Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010. p. 15-21.
KUSSUDA, S. R. Um estudo sobre a evasão em um curso de Licenciatura em Física: discursos de ex-alunos e professores. 2017. 307 f. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência) – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru.
MENDES, O. M. Avaliação formativa no ensino superior: reflexões e alternativas possíveis. In: VEIGA, I. P. A.; NAVES, M. L. P. (Orgs.). Currículo e avaliação na educação superior. Araraquara: Junqueira & Marin, 2005. p. 175-197
NARDI, R. ALMEIDA, M. J. P. M. Um estudo longitudinal sobre imaginários de licenciandos em Física. Relatório de Pesquisa. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Processo 308.773/2013-6. Março, 2019.
ORLANDI, E. P. Discurso em Análise: sujeito, sentido, ideologia. Campinas: Pontes, 2012. 239 p.
ORLANDI, E. P. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2003. 100 p.
ORLANDI, E. P. Discurso, imaginário social e conhecimento. Em Aberto, v. 14, n. 61, p. 53-59, 1994.
ORLANDI, E. P. Para quem é o discurso pedagógico? In: ORLANDI, E. P. A linguagem e seu funcionamento: As formas do discurso. São Paulo: Brasiliense, 1983. p. 18-31.
SCHNETZLER, R. P. O professor de ciências: problemas e tendências de sua formação. In: SCHNETZLER, R. P.; ARAGÃO, R. M. R. (Orgs.). Ensino de ciências: fundamentos e abordagens. Campinas: R Vieira Gráfica e Editora, 2000. p. 12-41.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pelo Caderno Brasileiro de Ensino de Física, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, SC, Brasil - - - eISSN 2175-7941 - - - está licenciada sob Licença Creative Commons > > > > >