Reflexões sobre a produção de pesquisas pautadas na história oral em periódicos de estratos superiores na área da Educação Física
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8042.2019e59884Resumo
Ao discutirmos os artigos baseados nessa metodologia e publicados em revistas científicas próprias da Educação Física, observamos que as formas empregadas para se analisar as fontes orais se constituíam de maneira diferenciada em relação ao que nos acostumamos a encontrar em textos de outras áreas, principalmente no que tange o tratamento conceitual de memória e identidade. A fim de entender essas diferenças para além de uma breve constatação inicial, estabelecemos a seguinte pergunta norteadora: de que forma a metodologia de História Oral vem sendo utilizada nos artigos científicos publicados em revistas da área 21 (Educação Física) no Brasil? Concluímos que o modo de fazer pesquisas em História Oral na Educação Física guarda suas particularidades e essas devem impactar na nossa própria produção.
Referências
ALBERTI, Verena. Manual de história oral. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getulio Vargas, 2004.
ALBERTI, Verena. Tradição oral e história oral: proximidades e fronteiras. História Oral, v. 8, n.1, p. 11-28, jan./jun. 2005.
ALBERTI, Verena; PEREIRA, Amilcar Araújo. Possibilidades das fontes orais: um exemplo de pesquisa. Anos 90, v. 15, n. 28, p.73-98, dez. 2008.
CANDAU, Joel. Memória e Identidade. Contexto. 1. ed. São Paulo, 2011.
CARMONA, Eduardo Klein; SILVA, Caroline Fernandes da; MAZO, Janice Zarpellon. Narrativas de atletas de voleibol no Jogos Olímpicos (1964 e 1968). Pensar a Prática, v. 18, n. 4, out./dez. 2015.
DAMIANI, Iara Regina. O movimento religioso dos surfistas evangélicos de Florianópolis. Motrivivência, ano XXI, n° 32/33, jun./dez. 2009.
GOELLNER, Silvana et al. ESEF 65 anos: entre memórias e histórias. Movimento, Porto Alegre, v. 11, n. 3, p. 201-218, dez. 2005.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.
JOUTARD, Philippe. Desafios à história oral do século XXI. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; FERNANDES, Tania Maria; ALBERTI, Verena (orgs.). História Oral: Desafios para o século XXI. Rio de Janeiro: Fiocruz, Casa de Oswaldo Cruz e FGV/CPDOC, 2000.
LOWENTHAL, David. Como conhecemos o passado. Proj. História, São Paulo, v. 17, p. 63-201, nov. 1998.
MACEDO, Christiane Garcia; HAAS, Aline Nogueira; GOELLNER, Silvana Vilodre. O método pilates no Brasil segundo a narrativa de algumas de suas instrutoras pioneiras. Pensar a Prática, v. 18, n. 3, set. 2015.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom; HOLANDA, Fabiola. História oral: como fazer, como pensar. São Paulo: Editora Contexto, 2014.
PAGE, Shannon. El participante invisible: el papel del transcriptor. História Oral. n. 7, p. 61-75, 2004.
PATAI, Daphne. História oral, feminismo e política. São Paulo: Letra e Voz, 2010.
RICOEUR, Paul. História e Verdade. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1968.
SCHIAVON, Laurita Marconi; PAES, Roberto Rodrigues. Condições dos treinamentos de ginastas brasileiras participantes de jogos olímpicos (1980-2004). Motriz, v. 18, n. 4, p. 757-769, 2012.
THOMPSON, Paul. A voz do passado: história oral. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
THOMSON, Alistair. Recompondo a memória: questões sobre a relação entre a História Oral e as memórias. Projeto História, v. 17, p. 51-84, abr. 1997.
TRALCI FILHO, Marcio Antonio. Tradição no Kung Fu: mestres brasileiros entre permanências e transformações. Movimento, v. 22, n. 1, 115-128, jan./mar. 2016.
VIEIRA, Rubens Antonio Gurgel; NEIRA, Marcos Garcia. Identidade docente no ensino superior de educação física: aspectos epistemológicos e substantivos da mercantilização educacional. Movimento, v. 22, n. 3, 783-794, jul./set. de 2016.
ZEFERINO, Jaqueline Cardoso; BARLETTO, Marisa; SALLES, José Geraldo do Carmo. A participação de mulheres no esporte universitário: um campo em disputa. Movimento, v. 19, n. 2, p. 11-30, abr./jun. 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores dos textos enviados à Motrivivência deverão garantir, em formulário próprio no processo de submissão:
a) serem os únicos titulares dos direitos autorais dos artigos,
b) que não está sendo avaliado por outro(s) periódico(s),
c) e que, caso aprovado, transferem para a revista tais direitos, sem reservas, para publicação no formato on line.
Obs.: para os textos publicados, a revista Motrivivência adota a licença Creative Commons “Atribuição - Não Comercial - Compartilhar Igual 4.0 Internacional” (CC BY-NC-SA).