Augusto de Campos tradutor de Emily Dickinson
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2015v35n2p161Resumo
Este artigo objetiva analisar a tradução de duas poesias de Emily Dickinson (1830-1886) realizada por Augusto de Campos (1931) e publicada em 2008 na coletânea Emily Dickinson: Não sou ninguém. Inicialmente serão apresentados alguns elementos da poética de Dickinson, a partir de Gilbert e Gubar (1984), Donoghue (1969), Sewall (1963) e Daghlian (1987). Em seguida, será dada ênfase à figura de Augusto de Campos como poeta e como tradutor, com ênfase nos seus comentários sobre tradução, visando compreender sua prática tradutória. (CAMPOS, 2004; 2006; 2008) Por fim, será analisada a tradução de duas poesias de Dickinson realizada por Augusto de Campos, buscando identificar a relação entre a teoria e a prática do tradutor. Essa análise, de caráter discursivo, além do plano formal e sintático, busca verificar o plano semântico dos textos, e ressalta que não tem a pretensão de realizar qualquer tipo de julgamento prescritivo.
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