Do Congo ao Tango: associativismo, lazer e identidades entre os afro-portenhos na segunda metade do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-9222.2011v3n6p30Palavras-chave:
Associativismo, Buenos Aires, Identidades africanas, Lazer, TrabalhadoresResumo
Ao longo do século XIX, os africanos escravizados e seus descendentestrataram, em várias capitais da América, de articular associações e sociedades nas quais pudessem expressar e legitimar suas redes de identidade social e étnica. Entre essas localidades destaca-se, pela proximidade geográfica com o Rio de Janeiro, a região do rio da Prata, especialmente a cidade de Buenos Aires. Dada a configuração das rotas do comércio de escravos pelo Atlântico, trata-se de uma região que recebeu um grande contingente de cativos cuja origem era semelhante àquela do Sudeste brasileiro, com supremacia clara de escravos vindos da África centro-ocidental. Ainda que no caso portenho o contingente de escravos importados tenha sido significativamente menor do que na Corte Imperial brasileira, na segunda metade do século XIX ainda era intensa a presença de afrodescendentes entre os trabalhadores da capital argentina. A partir de tal constatação, esta apresentação pretende analisar as singularidades dos caminhos e estratégias adotadas no período pelos afro-portenhos, a fim de articular suas identidades, de modo a refletir sobre o modo específico pelo qual eles enfrentaram, na região do Prata, a tensão entre sua origem étnica e seu perfil social.
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