Interesses particulares e corrupção no Distrito dos Diamantes (Minas Gerais, século XVIII)
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-9222.2023.e95857Palabras clave:
interesse particular, administração diamantina, corrupçãoResumen
Este artigo analisa algumas questões relativas ao problema do público e do particular no Distrito Diamantino, Minas Gerais, durante a segunda metade do século XVIII. O objetivo é discutir em que medida havia certa distinção entre as referidas esferas no contexto estudado e como isso se relacionava com o entendimento da época acerca do fenômeno da corrupção. Considerando a historiografia recente sobre o tema e a pesquisa em fontes manuscritas pouco exploradas, foi possível evidenciar como eram abundantes as críticas aos oficiais régios que se deixavam levar por vícios e paixões, priorizando o interesse particular em detrimento do interesse público ou régio no exercício dos cargos.
Citas
ARIÈS, Philippe. Por uma história da vida privada. In: ARIÈS, Philippe; DUBY, Georges. (dir.). História da vida privada, 3: da renascença ao século das luzes. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 9-25.
DUBY, Georges. Poder privado, poder público. In: ARIÈS, Philippe; DUBY, Georges. (dir.) História da vida privada, 2: da Europa feudal à renascença. Trad. Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 16-50.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 5. ed. São Paulo: Globo, 2012.
FURTADO, Júnia Ferreira. O livro da capa verde: o Regimento Diamantino de 1771 e a vida no Distrito Diamantino no período da Real Extração. São Paulo: Annablume, 1996.
HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública: investigações sobre uma categoria da sociedade burguesa. Trad. Denilson Luís Werle. São Paulo: UNESP, 2014
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
PÉREZ, José Manuel Santos. Práticas ilícitas, corruptelas e venalidade no Estado do Brasil a inícios do século XVII. O fracasso das tentativas de reforma de Felipe III para o Brasil. CLIO: Revista de Pesquisa Histórica, n. 37, p. 155-177, jan./jun., 2019.
PIJNING, Ernst. Contrabando, ilegalidade e medidas políticas no Rio de Janeiro do século XVIII. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 21, n. 42, p. 397-414, 2001.
PONCE LEIVA, Pilar. Percepciones sobre la corrupción en la Monarquía Hispánica, siglos XVI y XVII. In: ANDÚJAR CASTILLO, Francisco; PONCE LEIVA, Pilar. (Eds.). Mérito, venalidad y corrupción en España y América, siglos XVII y XVIII. Valencia: Albatros, 2016, p. 193-211.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo: colônia. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
REIS, Renato de Ulhoa Canto. Os “privados dos reis” e as “pessoas particulares”: os conceitos de privado e particular no Antigo Regime português (Sécs. XVII-XVIII). Almanack, Guarulhos, n. 24, p. 1-51, abr., 2020.
ROMEIRO, Adriana. Corrupção e poder no Brasil: uma história, séculos XVI a XVIII. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
SANTOS, Joaquim Felício dos. Memórias do Distrito Diamantino da comarca do Serro do Frio. 4. ed. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1976.
SENNETT, Richard. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. Trad. Lygia Araújo Watanabe. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
WEINTRAUB, Jeff. The Theory and Politics of the Public/Private Distinction. In: WEINTRAUB, Jeff; KUMAR, Krishan (Orgs.). Public and private in thought and practice: perspectives on a grand dichotomy. Chicago: The University of Chicago Press, 1997, p. 1-42.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores ceden a la Revista Mundos del Trabajo los derechos exclusivos de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International. Esta licencia permite que terceros remueven, adapten y creen a partir del trabajo publicado, asignando el debido crédito de autoría y publicación inicial en este periódico. Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en este periódico (por ejemplo, publicar en repositorio institucional, en sitio personal, publicar una traducción, o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en este periódico.



