Os Mundurukus. Thomas Mayne Reid e as narrativas de viagem na Itália no final do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2024.e104175Palavras-chave:
Mayne Reid, narrativas de viagem, Emilio Salgari, traduçãoResumo
Este texto é o paratexto da tradução de um artigo sobre os Mundurukus de Thomas Mayne Reid, publicado em 1881 no Giornale Illustrato dei Viaggi e delle Avventure di Terra e di Mare, de
Milão. O artigo apresenta sumariamente tradições e características dos Mundurukus, olhados com o costumeiro eucentrismo da época, e se coloca como ótimo exemplo das narrativas de viagem em
publicações populares da época. A relevância do texto de Mayne Reid é devida à apresentação de vários
aspectos da etnia Mundurukus da época (algumas tradições deles inclusive estão vivas até hoje), ao esforço de resumir para um publico não especialista, em geral juvenil, observações do autor ou de textos relativamente fidedignos por ele lidos, a certa influencia por ele exercida sobre outros atores do mesmo genero na Itália. Ao mesmo tempo, não pode ser negado que o olhar de Mayne Reid, que expressa a costumeira noção de etnocentrismo europeu perante a Amazônia, neste caso não dá excessiva ênfase aos aspectos econômicos e seu interesse em função da expansão colonial, mas parece mais curiosidade por algo tão distante e, para o autor, muitas vezes quase incompreensível.
Referências
Acácio, M.A. (2010). Tradução indireta: uma prática de divulgação e enriquecimento cultural. TradTerm
, pp. 97-117. https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.tradterm.2010.46313
Battaglia, R. (1958). La prima guerra d’Africa. Einaudi.
Eco, U. (2015). Il superuomo di massa. Retorica e ideologia nel romanzo popolare. Bompiani.
De Turris, G (ed). (2001). Le Aeronavi dei Savoia. Protofantascienza italiana 1891- 952, con la collaborazione
di Claudio Gallo. Editrice Nord.
Fiocruz (s/d). PA – Munduruku e ribeirinhos lutam pela vida e contra complexo de hidroelétricas em seu
território. https://mapadeconflitos.ensp.fiocruz.br/conflito/pa-munduruku-e-ribeirinhos-lutam-
-pela-vida-e-contra-complexo-de-hidreletricas-em-seu-territorio/
Foni, F. (2007). “I lettori hanno bisogno di sale, di droghe, di eccitanti”. Nero, fantastico e bizzarrie varie nella
Domenica del Corriere (1899-1909). [Tesi di dottorato] Università degli studi di Trieste. https://
www.openstarts.units.it/entities/publication/9f725998-bcd9-454e-b357-915623fe6499/details.
Gonzato, S. (1995). Emilio Salgari. Demoni, amori e tragedie di un “capitano” che navigò solo con la fantasia.
Neri Pozza.
Gramsci, A. (1996). Letteratura e vita nazionale. 3. ed. Editori Riuniti. https://liberliber.it/opere/download/?
op=2345992&type=opera_url_pdf.
Hanes, V.L.L. (2019). (Re)pensando o conceito de tradução indireta em textos literários. Ilha do Desterro
(2), pp. 17-24, DOI: http://dx.doi.org/10.5007/2175-8026.2019v72n2p17
Henrique, M.C. (2021). Entre fuzis, cachaça e crucifixos: a catequese dos Munduruku no aldeamento
do Bacabal (1872-1882). Revista Brasileira de História, 41 (88), pp. 307-329. http://dx.doi.
org/10.1590/1806-93472021v41n88-15.
Henrique, MC, Oliveira, RM (2021). Os ‘cortadores de cabeças’: a memória como patrimônio dos
Munduruku. Bol. Mus. Para. Emilio Goeldi. Cienc. Hum., 16 (2). DOI: 10.1590/2178-2547-BGOELDI-
-0049
La Regina, S. (2023). Vincenzo Grossi: traduzindo o olhar colonial. Cadernos de Tradução, 43(esp. 2), pp.
–386. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2023.e96015
La Regina, S. (2022a) Sotto altri nomi. L’invisibilità di Roberta Rambelli. Mosaico Italiano, XIII, 211,
pp.14-18.
La Regina, S. (2022b). Os horrores do ano 2000. In Salgari, E. As maravilhas do ano 2000. (Trad. S S.La
Regina). (pp. 221-225). Diario Macabro.
Marazzi, E. (2018). Pubblicare traduzioni nel secondo Ottocento. Le strategie degli editori italiani
nell’archivio Hachette. In Brigatti V., Cavazzuti A.L., Marazzi E., Sullam S. Archivi editoriali: tra
storia del testo e storia del libro. (pp. 137-154). Unicopli. https://eprints.ncl.ac.uk/261038.
Mayne Reid, T. (2011) Afloat in the Forest. Projeto Gutenberg. https://www.gutenberg.org/
files/35213/35213-h/35213-h.htm
Mayne-Reid, T. (1881). I popoli selvaggi. I Mundurukus decapitatori. Giornale illustrato dei viaggi e delle
avventure di terra e di mare. Milano, anno III, n.146, 16 giugno 1881. pp.330-331. https://bit.
ly/3Twbjkq.
Motta, L. (1923). I flagellatori dell’oceano. L’Italica. https://digit.biblio.polito.it/secure/4339/1/I_Flaggellatori_
DellOceano_Compresso.pdf
Pozzo, F. (2000). Emilio Salgari, geografia e esplorazioni. Bollettino della Società Geografica Italiana, ROMA
- Serie XI, vol. XI, pp. 225-236. https://www.bsgi.it/index.php/bsgi/article/view/2647/1965.
Santos, S.F.dos, Salles, A.D, Souza,S.M.F.M & Nascimento, F.R. (2007). Os Munduruku e as “cabeças-troféu”.
Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia,17, pp. 365-380. https://www.revistas.usp.br/
revmae/article/view/89804/92604.
Toppano, M. (2017). Federico De Roberto e il Giornale illustrato dei viaggi e delle avventure di terra e di
mare. Studi sul Settecento e l’Ottocento: rivista internazionale di italianistica, XII, pp.37-61.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Cadernos de Tradução
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista).