Problemas do movimento operário rural na zona do “oro verde” argentino: a expansão da soja, o regime de contratação e a ausência de conflitos proletários entre 1970 e 2010
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-9222.2014v6n12p251Palavras-chave:
trabalhadores agrícolas, organização do trabalho, dispersão sindicalResumo
No contexto da expansão agrícola argentina iniciada na década de 1970 os trabalhadores rurais da zona dos pampas consolidaram seu papel como os principais produtores diretos das riquezas deste setor da economia nacional. Apesar de sua posição estratégica e das difíceis condições de trabalho que eles atravessaram no período, não se registrou uma ação coletiva protagonizada e dirigida por este setor de assalariados em função de seus próprios interesses como coletivo específico de trabalhadores. Este artigo aborda dois aspectos que contribuem para explicar a ausência de manifestações sindicais ou políticas encabeçadas por eles. Em primeiro lugar, a organização social do trabalho predominante desde a década de 1970, que contribuiu para desarticular objetiva e subjetivamente o proletariado agrícola como fração de classe; em segundo lugar, a ausência de uma vontade política capaz de transcender as dificuldades estruturais para reunir os trabalhadores.
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