Tradução comentada: a recriação da “letra” de Azul Corvo
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2023.e97210Palavras-chave:
Azul-Corvo, Antoine Berman, tradução da “letra”, tradução não platônicaResumo
O presente estudo tem como base a minha tradução publicada《蓝鸦》(2019), do português para o chinês, da prosa ficcional Azul-Corvo (2010). Com bases nos conceitos de “tradução não platônica” e de “tradução da letra” defendidos por Antoine Berman (1985). O objetivo deste trabalho é propor uma tradução que consiga recriar a “letra” de Azul-Corvo em chinês e defender que o modelo hermenêutico de Berman é particularmente útil quando se verifica um tamanho choque linguístico entre a língua de partida e a de chegada tal como no caso do par português–chinês, pois a abordagem bermaniana destaca as características de diferença e estranheza interlinguísticas e interculturais, permitindo assim uma perspectiva mais ampla que toma em consideração uma pluralidade de estratégias de tradução.
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