Excertos da correspondência consular de Roger Casement de 1910 e 1911: revelações sobre os crimes no coração da Amazônia seringalista no boom da economia da borracha
Excerpts from Roger Casement’s consular correspondence from 1910- 1911: Revealling the crimes in the heart of the Amazon during the rubber boom
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2024.e104324Schlagworte:
Roger Casement, correspondência consular, economia da borracha, genocídio de indígenas na Amazônia, extrativismo e imperialismoAbstract
Nascido em Sandycove, Dublin, Roger David Casement (1864-1916) foi um cônsul britânico, que posteriormente tornou-se revolucionário irlandês. Em vida, Casement foi aclamado pela autoria de dois relatórios publicados como brochuras oficiais do parlamento britânico: o relatório do Congo, escrito em 1903, durante o reinado de Leopoldo II da Bélgica; e o relatório da Amazônia, em 1911. Ambos os documentos são conhecidos pelo registro de atrocidades cometidas contra os nativos dessas regiões durante o auge do ciclo da borracha, no início do século XX. É como cônsul-geral no Brasil que Casement parte de uma investigação sobre maus tratos de cidadãos britânicos empregados pela Peruvian Amazon Company e aporta em Belém do Pará, de onde segue para Manaus e cruza a fronteira, rio acima, até a região do Putumayo. No Brasil, temos publicado O diário da Amazônia de Roger Casement (2016), com seleções dos diários feitas pelo historiador Angus Mitchell e pelas organizadoras brasileiras, Laura Izarra e Mariana Bolfarine. Ao traduzirmos três cartas como parte de sua correspondência consular, buscamos entender como o cônsul-geral do Brasil retrabalha a experiência– e todo o registro escrito que é feito dela in loco – de sua viagem para denunciar os “crimes do Putumayo”.
Literaturhinweise
Bolfarine, M. (2018). Between “Angels and Demons”: Trauma in Fictional Representations of Roger Casement. Humanitas.
Bolfarine, M. & Izarra, L. (Orgs.). (2022). Segredos do Putumayo: O diário da Amazônia de Roger Casement, de Aurélio Michiles. Colmeia.
Chaparro, M. C. C. & Parellada, A. (Eds.). (2011). Libro Azul Británico Informes de Roger Casement y otras cartas sobre las atrocidades en el Putumayo. (Trad. Luisa Elvira Belaunde). Editora de El Centro Amazónico de Antropología y Aplicación Práctica (CAAAP) y el Grupo Internacional de Trabajo sobre Asuntos Indígenas (IWGIA).
Dudgeon, J. (2002). Roger Casement: The Black Diaries with a Study of His Background, Sexuality, and Irish Political Life. Belfast Press.
Fernandes, J. G. (2022). Quando do Grito se faz Poesia: Tradução d’os Crimes de Putumayo. Cadernos de Tradução, 42(esp. 1), pp. 632–643. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2022.e91672.
Goodman, J. (2010). Mr Casement goes to Washington: The politics of the Putumayo Photographs. ABEI Journa,l 12, pp. 25-48.
Inglis, B. (1973). The Biography of a Patriot who Lived for England, died Ireland. Harcourt, Brace, Jovanovich.
Llosa, M. V. (2011). O sonho do celta. (Trad. Paulina Wacht & Ari Roitman.). Alfaguara/Cia das Letras.
Mitchell, A. (2011) Roger Casement no Brasil: A Borracha, a Amazônia e o Mundo Atlântico 1884-1916/Roger Casement in Brasil: Rubber, the Amazon and the Atlantic World. (Trad. Laura Izarra, Ed.; Mariana Bolfarine.). Humanitas.
Mitchell, A. (Ed.). (1997). The Amazon Journal of Roger Casement. Lilliput Press.
Mitchell, A. (2016) Diário da Amazônia de Roger Casement. (Laura Izarra & Mariana Bolfarine, Orgs.) (Mariana Bolfarine, Mail Marques e Maria Rita Drumond Viana, Trads.). Edusp.
Mitchell, A. (2013). 16 Lives: Roger Casement. O’Brien Press.
Mitchell, A. (Ed.). (2003). Sir Roger Casement’s heart of darkness: The 1911 documents. Irish Manuscripts Commission.
Philipps, R. (2024). Broken Archangel: The tempestuous lives of Roger Casement. Vintage.
Sawyer, R. (Ed.). (1997). Roger Casement’s Diaries, 1910: The Black and the White. Pimlico.
O’Siochaín, S. (1988). Roger Casement: Imperialist, Rebel, Revolutionary. Lilliput Press.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2024 Cadernos de Tradução

Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung 4.0 International.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista).