A literatura portuguesa na Itália na viragem do século XIX para o XX: um panorama dos autores, tradutores e editoras envolvidos
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2024.e101926Palavras-chave:
literatura portuguesa na Itália, literatura finissecular, tradutores, editoras italianasResumo
Na Itália, entre as últimas décadas do século XIX e o início do século XX, assistiu-se a um aumento considerável do interesse pela literatura portuguesa: até meados do século XIX era possível ler em italiano apenas algumas obras historiográficas, dois volumes de sermões do Padre António Vieira, diferentes versões dos Lusíadas de Camões e o Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett (1852) – não mais de quinze títulos no total. Enquanto, de 1880 a 1930, foram publicadas cerca de cinquenta obras em tradução. O que mudou em relação ao período anterior? Quanto desse fermento intelectual do final do século português afetou o nascimento do interesse por uma literatura considerada, então como agora, periférica? Para tentar responder a essas questões, será analisado o papel dos tradutores e dos mediadores, assim como a função das editoras envolvidas, grandes e pequenas, e as dinâmicas editoriais italianas do período em apreço. O objetivo é tentar compreender as razões desse boom editorial num período tão específico e muito vivo do ponto de vista cultural.
Referências
Albertazzi, S. (2001). Canone. In S. Albertazzi & R. Vecchi (Org.), Abbecedario postcoloniale: dieci voci per un lessico della postcolonialità. (pp. 21-31). Quodlibet.
Araújo, J. de. (1896). Julio Dinis: Lettera al Signor Vittorio Baroncelli per accompagnare la traduzione dei “Pupille del signor curato”. Istituto italiano d’arti grafiche.
Baroncelli, V. (1895). Le pupille del signor curato (cronaca del villaggio). Nuove Veglie Veneziane, 1(11-12), 721–731.
Bettini, C. (2009). Il Portogallo a Livorno. I Canti Popolari Portoghesi di Ettore Toci. In F. Topa & R. Marnoto (Eds.), Nel mezzo del cammin – Jornada de estudos italianos em honra de Giuseppe Mea (pp. 138-148). Sombra pela Cintura.
Bourdieu, P. (1991). Le champ littéraire. Actes de la recherche en sciences sociales, 89, 3-46. https://doi.org/10.3406/arss.1991.2986
Bourdieu, P. (1992). Les règles de l’art: genèse et structure du champ littéraire. Seuil.
Brito, Ferreira de. (2000). Joaquim de Araújo e a expansão europeia da cultura portuguesa. Instituto de Estudos Franceses da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Cadioli, A. (2003). Letterati editori. Il Saggiatore. Camões I.P. https://www.instituto-camoes.pt/
De Cusatis, B. (1991-1992). L’Italia in Antero. Antero in Italia. Annali della Facoltà di Lettere e Filosofia. 3. Studi Linguistici, vol. XXIX, nuova serie XV, 63-73.
Derrida, J. (2001). Mal de arquivo: uma impressão freudiana. (Tradução de Claudia de Moraes Rego). Relume Dumará.
DGLAB http://dglab.gov.pt/
Even-Zohar, I. (1990). Polysystem Studies. Poetics Today, 11(1), 45-51.
Ferretti, G. C. (2004). Storia dell’editoria letteraria in Italia, 1945-2003. Einaudi.
Genette, G. (1981). Introduzione all’architesto. (traduzione di A. Marchi). Pratiche.
Genette, G. (1982). Palinsesti. La letteratura al secondo grado. (traduzione di R. Novità). Einaudi.
Lefevere, A. (1992). Translation, Rewriting and the Manipulation of Literary Fame. Routledge.
Luperini, R. (1998). Sul canone. Allegoria, 29-30.
Meriggi, M. (1989). La borghesia italiana. In J. Kocka (Org.), Borghesie europee dell’Ottocento. (pp. 161-185). Edizione italiana di A.M. Banti. Marsilio.
Morabito, M. T. (1995). Tommaso Cannizzaro traduttore dal portoghese. In Associazione Ispanisti Italiani (Org.), Scrittura e riscrittura. Traduzioni, refundiciones, parodie e plagi: Atti del Convegno di Roma (pp. 141-150). Bulzoni.
Nergaard, S. (2011). Il canone e la traduzione. In O. De Zordo & F. Fantaccini (Eds.), Altri canoni/canoni altri, pluralismo e studi letterari. (pp. 105-124). Firenze University Press.
Ondelli, S., & Ziani, P. (2013). Per un censimento delle traduzioni in italiano nell’Ottocento. Risultati di uno spoglio del CLIO relativo al periodo 1880-1889. Rivista internazionale di tecnica della traduzione, 15, 83-107.
Onofri, M. (2001). Il canone letterario. Editori Laterza.
Ossola, C. (1978). Brano a brano. Il Mulino.
Pareschi, L. (2011). La produzione editoriale in Italia: il processo di intermediazione nel Campo Letterario, dottorato di ricerca in Direzione Aziendale, Ciclo XXII, Università di Bologna.
Quondam, A. (1974). Petrarchismo mediato: per una critica della forma “antologia”. Bulzoni.
Ragone, G. (1999). Un secolo di libri: storia dell’editoria in Italia dall’unità al post-moderno. Einaudi.
Raposo Costa, J. (1999). Autori portoghesi tradotti ed editi in Italia: narrativa poesia saggistica, 1898-1998: catalogo ragionato. Roma: Ambasciata del Portogallo.
Ruggiero, N. (2009). La civiltà dei traduttori: transcodificazioni del realismo europeo a Napoli nel secondo Ottocento. Alfredo Guida.
Russo, V. (2012). La poesia come antologia: il Novecento portoghese nella tradizione traduttiva italiana. Estudos Italianos em Portugal, Nova Série, 7, 89-102.
Venuti, L. (2002). Os escândalos da tradução. (Tradução de Laureano Pelegrin, Lucinéia Marcelino Villela, Marileide Dias Esqueda e Valéria Biondo). Edusc.
Venuti, L. (2019). Rethinking translation: discourse, subjectivity, ideology. Routledge, Taylor & Francis Group.
Vera Méndez, J. D. (2005). Sobre la forma antológica y el canon literario. Espéculo. Revista de estudios literarios, 30. http://www.ucm.es/info/especulo/numero30/antcanon.html
Veronesi, M. (2013). Tra Europa e Romania. Gli studi linguistici di Marco Antonio Canini. Orizzonti culturali italo-romeni, 2(anno III). http://www.orizzonticulturali.it/it_studi_Matteo-Veronesi.html
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Cadernos de Tradução
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista).