O poeta como clandestino: tradução, estilo e poesia em Emilio Villa
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2024.e93764Palavras-chave:
Emilio Villa, Tradução, poesia, estilo, poesia visualResumo
Roland Barthes (2004) designa o estilo como esplendor e prisão do escritor: sua solidão. O presente artigo pretende refletir sobre esta visão barthesiana de estilo na obra do poeta, crítico de arte e tradutor italiano Emilio Villa, a partir de poemas plurilíngues ou traduzidos pelo próprio poeta italiano para o português brasileiro e de algumas de suas obras pictóricas. O conceito de tradução torna-se central para análise da obra de Emilio Villa, através da leitura de Walter Benjamin, Henri Meschonnic e outros teóricos e, também, pelas diversas traduções por ele realizadas: a Odisseia, partes do Gênesis, uma escolha das tabuletas mesopotâmicas. Villa escreveu não unicamente em italiano, mas seu plurilinguismo se confirmou em textos escritos em latim, grego, francês e outras línguas.
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