“E tudo fica Melodia”: Observações sobre a Versificação do Fausto de Jenny Klabin Segall
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2021.e83252Palavras-chave:
Alfabetização, Leitura-Estudo e ensino, Escrita-Estudo e ensino, Literacy, Reading-Study and teaching, Writing-study and teaching, Alfabetización, Letramento, Lectura, EscritaResumo
O artigo analisa a tradução do Fausto de Goethe, realizada por Jenny Klabin Segall em relação aos versos usados no texto de partida e no texto de chegada. Considerando a estrutura plurimétrica do Fausto e as diferenças entre as prosódias alemã e portuguesa, analisa-se a estrutura métrica em exemplos de vários trechos do drama, comparando cada vez as decisões de Goethe e as opções da tradutora. Nota-se que os versos portugueses se orientam rigorosamente na extensão dos versos alemães, buscando ‘equivalentes’ métricos onde isso era possível (no caso da estância / terça rima e do alexandrino). O trabalho chega à conclusão de, embora que não haja metros portugueses que ‘imitam’ iambos e troqueus, a escolha sistemática de versos com número par de sílabas para iambos alemães e ímpar para troqueus alemães produz um efeito rítmico diferenciado. Para os metros mais alheios da versificação brasileira (Knittelvers, Freie Rhythmen) a tradutora encontrou soluções originais que se aproximam ao efeito estético do original sem ultrapassar os limites da prosódia do português do Brasil.
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