Joseph Benoliel e a língua de Camões: translinguismo como prática literária e epistemológica
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2024.e102032Palabras clave:
translinguismo, micro-história de tradutor, autoria, tradução, consultoriaResumen
Joseph, ou José, Benoliel (1857–1937) foi um poeta, tradutor e orientalista natural de Tânger que se estabeleceu em Portugal por volta de 1881. Judeu de origem sefardita, distinguiu-se como hebraísta e arabista; escreveu em português, espanhol, francês e hebraico, traduziu de e para português e sociabilizou com a intelectualidade portuguesa de viragem do século, que serviu com as suas competências linguísticas. Neste ensaio, mapeiam-se as práticas de translinguismo (Kellman, 2020), tanto literário como académico-científico, deste migrante poliglota. Essas práticas incluem a criação autoral, diretamente em diferentes línguas, a tradução e também a consultoria, ou assessoria, linguística. Neste exercício de mapeamento, identificar-se-ão as redes de colaboração interpessoais e de diálogo intelectual construídas em e também a partir de Portugal, as quais potenciaram a consolidação do poliglota translingue.
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