Desafios Tradutórios em um Relato de Viagem do Século XVI, de Toribio de Ortiguera

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2022.e90689

Palavras-chave:

Toribio de Ortiguera, Tradução Comentada, Crônica, Culturas Indígenas

Resumo

O espanhol Toribio de Ortiguera, que viveu no Peru por mais de 20 anos, teve a incumbência de narrar acontecimentos relevantes ocorridos na região amazônica, principalmente no que diz respeito ao percurso do rio Amazonas, em expedições de Orellana e Orsúa. Mas, ele o faz a partir da memória dos que estiveram nessas expedições. Sendo assim, neste artigo, comentamos a tradução realizada por nós, no par linguístico ES-PO/BR, do capítulo 43 da crônica de viagem Jornada del río Marañón (1581 a 1586), de Toribio de Ortiguera, que trata de descrever a importância do rio Marañón, atual rio Amazonas. Buscamos nos ater em questões tradutórias de topônimos, fauna, flora, envolvendo termos das línguas e culturas indígenas e das línguas e culturas ibéricas – português e espanhol, apoiando-nos em documentos de História, na cartografia da época, em dicionários antigos, entre outros, já que se trata de um texto do século XVI.

Biografia do Autor

Andréa Cesco, Universidade Federal de Santa Catarina

É Professora Associada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras, e professora permanente do programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET). Tem Doutorado em Literatura (2007) e Licenciatura em Letras - Português/Espanhol (2001), ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina. Em 2020 realizou o pós-doutoramento na Universidade de Vigo (Espanha) - CAPES/PRINT Edital nº 41/2017. Realizou estágio do doutorado na Universitat de Barcelona (Espanha) em 2005/2006 - CAPES. Faz parte do Programa Institucional de Internacionalização - CAPES/PrInt (PGET/UFSC) - Tradução, Tradição e Inovação - e do PROCAD/CAPES-Amazônia/PGET/UFSC (2018-2022), Pós-graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia da UFPA e a Pós-graduação em Ciências Humanas, da Universidade do Estado do Amazonas. Coordena, na UFSC, o Núcleo Quevedo de Estudos Literários e Traduções do Século de Ouro desde 2010 e é líder do grupo de pesquisa no CNPq Estudos Literários e Traduções do Século de Ouro. Traduziu, em parceria, os seguintes livros: 1- Lo desconocido es la vida/O desconhecido é a vida. Uma antologia de crônicas de Luis Tejada Cano (2020. MAGO: Chile), com financiamento das embaixadas da Colômbia no Brasil e no Chile; 2- As Sinsombrero. Sem elas a história não está completa (2022. Relicário), com financiamento do Ministério da Cultura da Espanha. Também é autora de livros didáticos para o ensino de língua e literatura estrangeiras e organizadora de livros teóricos na área de tradução. https://orcid.org/0000-0002-4708-186X

Lilian Cristina Barata Pereira Nascimento, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em PEDAGOGIA e em LETRAS PORTUGUÊS / ESPANHOL. Doutorado em ESTUDOS DA TRADUÇÃO - PGET / UFSC. Tem experiência na área de Literatura e Tradução da Pan-Amazônia. Atualmente é docente do Instituto de Educação Matemática e Científica - IEMCI / UFPA. Coordena o Projeto de Pesquisa LETRA - Laboratório de Estudos da Tradução. Membro dos Grupos de Pesquisa: HISTÓRIA DA TRADUÇÃO (UFSC); ARQUIPELAGO - Literatura Latino-Americana dos Séculos 20 e 21 (UFSCAR). Membro permanente do Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução - POET / UFC.

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Publicado

25-11-2022

Como Citar

Cesco, A., & Barata Pereira Nascimento, L. C. (2022). Desafios Tradutórios em um Relato de Viagem do Século XVI, de Toribio de Ortiguera. Cadernos De Tradução, 42(esp. 1), 15–41. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2022.e90689

Edição

Seção

Ed. Esp. Traduzindo a Amazônia

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