Os trabalhadores do transporte terrestre em Lisboa: controle estatal e empresarial e greves (1870-1910)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-9222.2024.e98085

Palavras-chave:

Transporte terrestre, trabalhadores, Lisboa, Greves

Resumo

Tratados de forma periférica pela bibliografia que se dedicou à análise do transporte terrestre em Lisboa, o presente artigo se dedica justamente aos trabalhadores do setor. O artigo abarca desde a década de 1870, que é marcada por profundas mudanças na circulação de veículos com a introdução da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, até o ano de 1910, em que ocorreu a instauração do regime republicano em Portugal e foi um momento de alta na mobilização dos trabalhadores do setor. Primeiramente, analisa-se como neste recorte, em que o próprio espaço urbano passava por profundas transformações, ocorreu o acirramento do controle municipal e policial sobre os cocheiros e carroceiros. Posteriormente, verifica-se especificamente as empresas de transporte coletivo e as tentativas de controle dentro das mesmas, por meio dos regulamentos. Em todo o texto, as greves aparecem como momentos privilegiados para a análise da experiência dos trabalhadores na cidade, desvelando condições de trabalho, conflitos de classe e as formas de organização e mobilização. Assim, as paralisações propiciam a investigação das possíveis leituras que os trabalhadores tinham sobre as medidas de controle sobre seu trabalho e corpos, e as maneiras encontradas para lutar.

Biografia do Autor

Paulo Cruz Terra, Universidade Federal Fluminense

Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisador CNPq e Jovem Cientista do Nosso Estado - FAPERJ. Professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UFF. E-mail: paulocruzterra@id.uff.br. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0717-3399.

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Publicado

2024-09-06

Como Citar

TERRA, Paulo Cruz. Os trabalhadores do transporte terrestre em Lisboa: controle estatal e empresarial e greves (1870-1910). Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 16, p. 1–18, 2024. DOI: 10.5007/1984-9222.2024.e98085. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/98085. Acesso em: 14 out. 2024.

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